06/Feb/2024
Depois de anos seguidos de resultados recordes, as feiras agropecuárias terão neste ano um cenário mais incerto. A quebra na safra de grãos e os preços menos remuneradores das commodities devem diminuir o apetite dos produtores rurais por investimentos. Organizadores desses eventos de vitrine das mais recentes tecnologias esperam de estabilidade a leve retração nos negócios em 2024. No ano passado, as principais feiras agrícolas do País, Show Rural Coopavel (PR), Expodireto Cotrijal (RS), Tecnoshow Comigo (GO), Agrishow (SP), Agrobrasília (DF), e Bahia Farm Show (BA), movimentaram juntas R$ 50 bilhões.
A Agrishow, a maior da América Latina, projeta um resultado menor ou igual aos R$ 13,3 bilhões de 2023. A Show Rural Coopavel abriu nesta segunda-feira (05/02) o calendário das grandes feiras no País. Prevê desempenho de R$ 5,5 bilhões, 10% superior ao de 2023. A Bahia Farm Show, maior feira da Região Nordeste que ocorre em junho, aguarda informações mais claras da safra 2023/2024 para traçar o cenário. O produtor vai esperar a confirmação da produção para planejar e investir na próxima. A maior oferta de crédito disponível dará certo fôlego às feiras.
Segundo a Expodireto Cotrijal de Não-Me-Toque (RS), neste ano os bancos têm mais recursos subvencionados. Com a Selic caindo, o produtor pode se animar a fechar mais financiamentos. A expectativa é repetir os R$ 7,043 bilhões de 2023. A indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, que tem volume expressivo de vendas fechado durante as feiras, prevê uma leve redução no montante negociado durante os eventos. Essa queda se deve principalmente à quebra de safra. O produtor vai consertar as máquinas que estiverem com problema e renovar o necessário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.