20/Feb/2024

Principal porta de entrada e saída de produtos agrícolas do País, o Porto de Santos (SP) movimentou no ano passado 81,3 milhões de toneladas de soja, milho, açúcar e farelo de soja. De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), a expectativa quanto ao escoamento da safra 2023/2024 é de um aumento de 1%, para 82 milhões de toneladas. O grande movimento do ano passado se deve à safra recorde e aos investimentos que permitiram ao porto receber volumes maiores de cargas. O porto se preparou para esse tipo de movimentação, mas esperava receber o volume registrado no ano passado apenas em 2040. Neste ano, os embarques de soja, principal carga entre todas as que passam pelo atracadouro, devem passar de 30,6 milhões de toneladas em 2023 para 31,9 milhões de toneladas.

O açúcar sairá de 19,9 milhões de toneladas para 20,3 milhões de toneladas. Os embarques de farelo devem se manter estáveis em 9,5 milhões de toneladas. O milho cairá de 21,3 milhões de toneladas para 20,2 milhões de toneladas. A diminuição da área do cereal na 2ª safra de 2024 e os estoques do grão nos Estados Unidos justificam a queda na movimentação. Além desses produtos, o Porto de Santos recebe diversos insumos, como fertilizantes, enxofre e sais, que dão suporte ao agronegócio. Nos próximos cinco anos, o porto prevê investimentos estruturais para aumentar a capacidade dos terminais e a recepção ferroviária. Espera-se que, entre todas as cargas movimentadas na ferrovia interna, a capacidade seja elevada de 50 milhões de toneladas para 115 milhões de toneladas.

A previsão se deve a investimentos como o do consórcio formado pelas ferrovias Rumo, MRS e VLI, que se uniram para operar e administrar uma linha férrea interna no porto, a FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos), em funcionamento desde outubro de 2023. A malha tem cerca de 100 quilômetros de trilhos. O aumento será gradual até atingir a meta. Em 2022, o Porto de Santos movimentou 99% do algodão produzido no País, 91% do suco de laranja, 81% do café, 73% do açúcar, 68% da carne bovina, 36% do milho, 32% da soja e 32% da celulose, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.