04/Mar/2024
As negociações de fertilizantes no Brasil em fevereiro com entrega prevista para o primeiro semestre deste ano alcançaram 51% do volume previsto, um atraso em relação ao mesmo mês dos últimos três anos, quando as vendas negociadas foram de 62%, em 2023, 60%, em 2022, e 76% em 2021, segundo a pesquisa FertFocus, da consultoria StoneX. A região brasileira que está mais adiantada na compra de adubo é a Centro-Oeste, que sofreu no final do ano passado com o clima, atrapalhando o calendário de plantio e desenvolvimento da soja.
O patamar negociado é de 65%, tal qual os índices dos três anos anteriores. Na contramão, o Sul do país é a região mais atrasada nas negociações, com apenas 42% negociado. Os negócios de fertilizantes para entrega no segundo semestre deste ano também mostram uma tendência de atraso e dos produtores sem reação a preços atrativos e relações de troca mais favoráveis nos meses de janeiro e fevereiro. Apenas 20% do adubo foi comercializado para entregas de julho a dezembro. Em comparação, nos últimos dois anos, o índice ficava em torno de 30% neste período.
Os resultados apurados para 2024, conjugados com os resultados dos anos anteriores, confirmam uma clara mudança de perfil do produtor brasileiro que tem comprado suas necessidades de fertilizantes cada vez mais próximo do plantio. A atitude respinga no andamento dos negócios da indústria de insumos, que segue em alerta para fechar vendas e tentar recuperar ganhos, ainda que menores, nas margens das formulações do pacote NPK. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.