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05/Mar/2024

Bioinsumos: Biotrop mantém plano de investimento

A indústria mundial de insumos deve ter um ano desfavorável em 2024, consequência de uma série de fatores, como atraso nas vendas e menor faturamento diante da retração dos preços de commodities e do apetite de compra do produtor. E o cenário deve respingar no segmento de biológicos. No entanto, as empresas brasileiras devem sofrer um pouco menos que as demais, avalia a Biotrop, empresa que foi comprada ano passado pela belga Biobest por R$ 2,8 bilhões. A diferença está na capacidade de estoque, um problema no Brasil, que faz com que a indústria de biológicos não tenha armazenagem alta e consiga controlar as vendas e os pagamentos dos produtores.

Ainda assim, não se descarta que este ano será mais difícil para esse segmento. A Biotrop mantém projetos ambiciosos, suportados em um faturamento de US$ 1,4 bilhão ano passado, como a internacionalização. Aproveitando os recursos e a expertise da nova controladora, a Biotrop quer entrar em mercados latinos como Uruguai, Peru e Colômbia, e deseja fechar a primeira venda para os Estados Unidos. Recentemente, a empresa também conseguiu aprovar o registro de um primeiro biofertilizante na Europa. Depois da aquisição pela Biobest, houve uma mudança na estrutura global. A Biotrop passou a ser uma divisão da companhia europeia, que passou a se chamar Biofirst.

Não está descartado o interesse de novas aquisições na área de biológicos dentro do Brasil, porém isso só acontecerá se for para abocanhar novas fatias de mercado e novas tecnologias. Para este ano, os planos de crescimento ainda devem ser discutidos em convenção de negócios, na próxima semana, em Montevidéu, no Uruguai. Em 2023, a receita bruta da empresa no país foi de R$ 618 milhões e o objetivo é ultrapassar os R$ 900 milhões este ano. O próximo passo é lançar bioherbicidas, que ainda não existem no mercado de biológicos. Nas três plantas no Brasil, duas em Curitiba (PR) e uma em Jaguariúna (SP), o investimento feito em 2023 foi de cerca de R$ 90 milhões. Para este ano, estão previstos mais R$ 30 milhões em uma das fábricas de Curitiba. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.