12/Mar/2024

A planta solar de Mendubim, de Equinor, Hydro Rein e Scatec, entrou em operação na sexta-feira (08/03). A usina solar localizada no Rio Grande do Norte tem capacidade de 531 MW e vai incrementar em 30% a produção de energia elétrica da Equinor no Brasil. Segundo a empresa norueguesa, Mendubim vai produzir sozinha 1,2 TWh de energia por ano. A maior parte disso, 60% da produção, será comercializada por meio de um acordo de compra e venda de energia de longo prazo (PPA, sigla para "Power Purchase Agreement") com a Alunorte, da Hydro, para sua refinaria de alumina no Pará. A alumina é matéria prima para a indústria de alumínio. O contrato, em dólares norte-americanos, tem duração de 20 anos e o valor não revelado.

Os 40% restantes da energia serão vendidos no mercado livre de energia do Brasil. A expectativa da sociedade é que o ativo entregue retornos entre 4% e 8%, dentro da faixa padrão da Equinor para negócios renováveis. Mendubim é uma joint venture entre as empresas norueguesas Equinor, Hydro Rein e Scatece Equinor, todas com participação de 30%. A Alunorte exerceu opção de compra e agora detém os 10% restantes. A Equinor atua no mercado brasileiro há mais de 20 anos e enxerga o Brasil como área essencial para o crescimento lucrativo de longo prazo. A Mendubim reforça o processo de diversificação do portfólio da Equinor no Brasil, marcado pela atividade de óleo e gás, mas, cada vez mais, por uma posição atrativa em renováveis.

A posição da Equinor em energias renováveis no Brasil inclui agora três ativos em produção comercial: a usina solar Apodi, de 162 MW (44% de participação), a usina solar Mendubim, de 531 MW (30%), e o parque eólico terrestre Serra da Babilonia 1, de 223 MW (100%). Há, ainda, uma carteira de projetos com mais de 1,5 GW sendo desenvolvidos pela Rio Energy, subsidiária integral da Equinor. Com Mendubim em operação, a Equinor planeja ultrapassar 1,4 TWh de energia fotovoltaica gerada em 2024. Esse volume considera a geração futura de Mendubim e do complexo de Apodi, ativo desde 2018 no Ceará. Pela primeira vez, este ano, a empresa vai entrar no mercado livre de energia elétrica brasileiro.

Em 2023, incluindo a produção eólica, a geração total de energia da Equinor em renováveis girou em torno de 2 Twh. A empresa trabalha para construir um portfólio de energia elétrica rentável e relevante no Brasil. A trading Danske Commodities vai gerenciar cada vez mais esse portfólio no mercado brasileiro, aproveitando suas capacidades de negociação e gestão de riscos de portfólio para maximizar a criação de valor. Os planos vão em linha com a expectativa de desregulamentação do mercado de energia elétrica, com crescimento da fatia livre. O mercado livre responde hoje por algo próximo de 40% do consumo total nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.