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12/Mar/2024

Frete rodoviário pressionado pelas quebras na safra

Segundo o Citi, a produção mais fraca de grãos no Brasil na safra 2023/2024 está se tornando o principal obstáculo para as margens moderadas do mercado de fretes rodoviários. Enquanto isso, a hidrologia melhor no Arco Norte vem restaurando a capacidade do sistema e normalizando a demanda entre os corredores Norte e Sul. Por esse motivo, a moderação das tarifas pode continuar, e essas condições podem seguir criando ruído e sentimento negativo em torno das ações logísticas.

Na cadeia logística de grãos do País, o transporte ferroviário e de barcaças fluviais geralmente competem com o frete rodoviário. Volumes mais baixos de soja e um ritmo mais lento na venda dos agricultores são fatores que reduzem a demanda por transporte pontual nas principais rotas de Mato Grosso, e essa tendência pode continuar à medida que se avança para uma janela de produção de milho 2ª safra de 2024 incerta. O processo de semeadura do milho progrediu bem em fevereiro, mas há o risco de que as condições climáticas se deteriorem e tenham um efeito negativo na produção.

Quanto à restauração do equilíbrio nas rotas da logística do Arco Norte, dados sugerem que volumes de chuva maiores que a média em dezembro e janeiro ajudaram a restaurar a navegabilidade do corredor logístico. Mesmo que os efeitos do El Niño ainda possam causar impacto, os volumes que estão retornando ao Arco Norte impulsionam o reequilíbrio dos mercados de frete do norte e sul de Mato Grosso. Entretanto, a recuperação da capacidade do corredor em todo o sistema também pode ser um gatilho para a diminuição das margens de frete, à medida que a demanda por transporte diminui simultaneamente.

Mas, é cedo para ter uma visão clara de como essas tendências vão gerar efeitos nas tarifas de 2025, mas a Rumo poderia se beneficiar se as expectativas melhorarem com base em safras melhores em 2024/2025. Enquanto isso, a Hidrovias poderia sofrer com a hidrologia difícil por um tempo. O Citi classificou a Rumo como “compra”, com preço-alvo de R$ 27,00 por ação, e a Hidrovias como “Neutra/Alto Risco” e preço-alvo de R$ 4,20 por ação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.