26/Mar/2024

A Basf se prepara para colocar no mercado no segundo semestre uma variedade geneticamente modificada de algodão com potencial de representar, em três anos, 50% das vendas da empresa no segmento. Hugo Borsari, diretor de marketing da Divisão de Soluções para Agricultura da Basf no Brasil, explica o otimismo: a nova tecnologia, Seletio, oferece resistência às principais lagartas que atacam a cultura e a herbicidas largamente utilizados em algodão, neste caso também ao Durance S (da própria Basf). "É uma semente desenvolvida especialmente para o cotonicultor brasileiro", afirma Borsari.

Sem abrir o percentual de participação no mercado, ele diz que a companhia, líder em sementes de algodão, verá "uma acelerada este ano" nos resultados com a nova cultivar. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 28 mil toneladas de sementes de algodão foram utilizadas no País na safra 2023/2024. A Basf também prevê o lançamento de dez fungicidas até o fim do ano. Os produtos, para aplicação em soja, algodão, milho e hortifrútis, têm como base a molécula Revysol, desenvolvida pela empresa em 2019.

Para esse projeto, a Basf investiu 15 milhões de euros na ampliação da capacidade da fábrica de Guaratinguetá (SP). "Só esses novos produtos devem representar, ao fim de 2024, 20% das vendas totais defensivos da Basf", diz Borsari. Com os lançamentos em sementes e defensivos, a companhia de origem alemã prevê crescer em 2024 acima do mercado desses insumos, que projeta aumento de 5%. Borsari não revela números, mas afirma que o avanço da Basf nessa área no ano ficará "acima de dois dígitos". Fonte: Broadcast Agro.