28/Mar/2024
O México adiou a proibição de herbicidas contendo glifosato, que estava programada para 31 de março, até que se encontre um substituto para manter a produção agrícola do país. A medida estabelecia o prazo com a condição de que alternativas estivessem disponíveis. Uma vez que as condições não foram alcançadas para substituir o uso de glifosato na agricultura, o interesse em salvaguardar a segurança alimentar do país deve prevalecer.
De acordo com um decreto de 2023, as alternativas podem incluir outros agroquímicos considerados seguros para a saúde e mecanismos de controle de ervas daninhas que não envolvam o uso de herbicidas. O governo citou estudos que afirmam que o glifosato tem efeitos adversos na saúde de humanos e de alguns animais. O decreto também inclui a proibição de milho geneticamente modificado para consumo humano e prevê sua eliminação gradual no uso para ração animal ou processamento industrial. O México afirma que a medida também tem como objetivo proteger as variedades nativas de milho. Entretanto, os Estados Unidos contestam a proibição do milho transgênico, afirmando que isso compromete acordos no Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).
Em agosto, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos solicitou um painel de resolução de disputas do USMCA após ambos os países não chegarem a um acordo durante um período de consultas. A maior parte do milho cultivado nos Estados Unidos é geneticamente modificada. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o México importou US$ 5,4 bilhões em milho norte-americano em 2023, sendo o principal destino das exportações do milho do país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.