01/Apr/2024
A Rumo registrou lucro líquido de R$ 1 milhão no quarto trimestre de 2023, queda de 99,6% em relação aos R$ 243 milhões registrados no mesmo período de 2022. No ano, a cifra cresceu 40,5%, para R$ 722 milhões. No quarto trimestre de 2022, o lucro líquido foi beneficiado em razão de eventos extraordinários e não recorrentes, com destaque para o ganho de capital na alienação da EPSA. Entre outubro e dezembro, o Ebitda da companhia somou R$ 1,207 bilhão, recuo anual de 12,2%. No acumulado de 2023, chegou a R$ 5,650 bilhões, 24,6% maior do que um ano antes. Em bases comparáveis, em função da venda dos terminais T16 e T19 realizada no quarto trimestre de 2022, o crescimento foi de 42% no trimestre e 31% no ano. A receita operacional líquida da companhia atingiu R$ 2,616 bilhões nos últimos três meses do ano passado, 17,8% acima do mesmo período de 2022. No acumulado de 2023, o crescimento foi de 11,1%, para R$ 10,938 bilhões.
Os custos fixos e despesas gerais e administrativas cresceram 17% no trimestre, com impacto de aproximadamente R$ 35 milhões por gastos de remediação dos incidentes de segurança pública, recolha e destinação de resíduos de produtos e limpeza de lastro, além de maiores gastos com manutenção e outras despesas de natureza fixa. O capex da companhia ficou em R$ 1,221 bilhão no trimestre, alta anual de 65%. Em 12 meses, a cifra atingiu R$ 3,737 bilhões, 37,5% a mais do que em 2022. No seu release de resultados do quarto trimestre de 2023, a Rumo apresentou também as projeções para a produção de soja e milho na safra de 2023/2024. Para soja, as estimativas apontam queda de cerca de 4% em relação à safra 2022/2023, totalizando cerca 152 milhões de toneladas. Pode-se observar uma redistribuição produtiva nacional, com a Região Centro-Oeste reduzindo volumes e a Região Sul retornando à normalidade. Em Mato Grosso, a produção de soja foi negativamente impactada por questões climáticas, que reduziram a produtividade.
A produção da safra 2023/2024 é estimada em 38 milhões de toneladas, 8 milhões de toneladas abaixo da safra anterior. A exportação no Estado é projetada em 24 milhões de toneladas, queda de 5 milhões de toneladas na mesma base comparativa. As projeções preliminares para a produção de milho 2023/2024 sugerem o patamar de 120 milhões de toneladas produzidas, queda de 18 milhões de toneladas. As exportações podem atingir o patamar de 45 milhões de toneladas, cerca de 12 milhões de toneladas abaixo do ano anterior. A safra de milho 2023/2024 em Mato Grosso é estimada em 44 milhões de toneladas, aproximadamente 11 milhões de toneladas abaixo do ano anterior. A exportação estimada para o Estado é de 24 milhões de toneladas, retração de 8 milhões de toneladas, abaixo da queda de produção principalmente pelo rebalanceamento de estoques acumulados ao final da safra passada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.