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09/Apr/2024

Fertilizantes: uso recua na Argentina devido à seca

De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), citando dados da Câmara da Indústria Argentina de Fertilizantes e Agroquímicos (Ciafa) e da empresa Fertilizar, a aplicação de fertilizantes nas lavouras pelos agricultores da Argentina teve recuo de 4,5% em 2023, marcando o segundo ano consecutivo de queda, o que não ocorria desde 2015. Além disso, o consumo de nutrientes para os solos atingiu o mínimo de cinco anos. No ano passado, a estimativa de consumo foi de 4,5 milhões de toneladas de fertilizantes (2,7 milhões de toneladas importados e 1,8 milhão de toneladas nacionais), abaixo do ano anterior com 4,8 milhões de toneladas (3,1 milhões de toneladas importadas e 1,7 milhão de toneladas nacionais).

A baixa é atribuída à seca nas regiões produtoras, mas a redução no consumo de fertilizantes não foi tão acentuada quanto o colapso na produção nos campos argentinos no ano passado. Isso ocorreu porque no início do ano ainda se mantinham bons níveis de uso, especialmente no primeiro trimestre de 2023. No entanto, no terceiro trimestre do ano, os resquícios do desastre produtivo começaram a reduzir fortemente o consumo, assim como reduziram a área de cultivo da safra, consolidando esse recuo em 2023. Vale ressaltar que o consumo de fertilizantes no ano passado ficou quase 20% abaixo do recorde de 2021.

Contudo, com a colheita da safra 2023/2024 recém-começada, o plantio da próxima safra 2024/2025 pode gerar outra dinâmica para o mercado de insumos. O período de maior importação geralmente se inicia em maio. Após a histórica seca, os novos mecanismos de acesso a divisas e um início mais robusto da importação nas próximas semanas podem aprofundar a normalização do mercado de fertilizantes. Porém, com o fenômeno climático La Niña no radar, essas dinâmicas no mercado de insumos e um contexto de queda de preços emergem como os principais desafios para a próxima safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.