25/Apr/2024
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou, nesta quarta-feira (24/04), estudo sobre os possíveis impactos econômicos e ambientais no eventual cenário em que o Brasil deixe de avançar sobre a exploração de recursos de óleo e gás ainda não descobertos. O País perderia R$ 5 trilhões entre 2031 e 2050. No cálculo, estão inclusos recursos de arrecadação e participação social. Ainda que o mundo esteja caminhando para a transição energética, a demanda por derivados de petróleo é crescente e se mantém acima de 3 bilhões de barris de óleo equivalente diários em 2050, em todas as trajetórias avaliadas.
O estudo foi apresentado durante o seminário "Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada: caminhos para o setor de O&G viabilizar a nova economia verde", realizado em parceria entre o Ministério de Minas e Energia e a EPE. Sobre os possíveis impactos da demanda nacional em razão do projeto de lei dos Combustíveis do Futuro, que prevê ampliação de uso de biocombustíveis, a projeção da EPE indica que a demanda nacional por derivados de petróleo ainda crescerá 700 mil boe/d até 2050.
Na parte ambiental, a produção de petróleo no Brasil contribui, de forma direta e indireta, para a redução global de emissão de carbono. Se o País deixar de produzir petróleo, não só não entregará contribuição sobre redução da emissão doméstica de carbono, como vai contribuir para aumentar emissões globais. Dados que indicam que o petróleo explorado no Brasil emite menos carbono que outros países. Entre as saídas para atender os anseios por redução de emissão de carbono, há forte potencial na eletrificação acelerada de transporte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.