03/May/2024
A fabricante de máquinas agrícolas Massey Ferguson está otimista com relação à participação da empresa na Agrishow deste ano. A expectativa é de que o volume de vendas na feira, considerada a maior da América Latina no setor agropecuário, seja maior do que em 2023, embora com ticket médio menor. O motivo é a quebra de safra e os menores preços dos grãos, que mantém o produtor de soja e de milho receoso em fazer novos investimentos. Mas, em contrapartida, o momento é de preços mais positivos para outras culturas, como cana-de-açúcar, laranja, café e hortaliças. O mundo todo passa por um momento de quedas nas vendas de máquinas agrícolas, o que pode ser atribuído ao cenário de preços pressionados, em virtude da expectativa de grande produção de grãos em regiões como Europa, Austrália e Argentina, que devem compensar as perdas no Brasil associadas ao clima. O mundo das commodities agrícolas é de ciclos, e esses ciclos estão sujeitos a intempéries climáticas.
Uma menor demanda por alimentos no pós-pandemia, quando as pessoas se alimentavam mais em casa, também é um fator baixista. Mas, todo esse cenário vale até a próxima intempérie climática. Há previsão de La Niña no segundo semestre do ano. No Brasil, a previsão é de um recuo nas vendas do setor de máquinas para o agro entre 10% e 15% em 2024. A nova linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) favorece, mas não deve ser fator determinante para mudar o cenário de queda no investimento em máquinas. Apesar do momento, o País é uma das grandes apostas da marca, que investiu cerca de R$ 340 milhões nos últimos três a quatro anos por aqui. Atualmente, 20% do volume da produção do Brasil é exportado para Estados Unidos, África, Leste Europeu, Austrália e América do Sul. Inovação também é outro foco: anualmente, 3,5% do faturamento anual é investido em engenharia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.