ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/May/2024

Política climática na transição energética global

Abrangentes políticas climáticas, claros padrões ambientais e sociais, treinamento da força de trabalho e cooperação internacional são fatores essenciais para governos avançarem na geração de tecnologias limpas em linha com os objetivos de emissão zero de carbono em 2050. Estas avaliações foram feitas pela Agência Internacional de Energia (IEA) por meio do relatório especial "Avançando na Produção de Tecnologia Limpa - Perspectivas da Tecnologia Energética". As políticas climáticas governamentais fortes e estáveis podem incentivar mercados a investir em tecnologias limpas. Além disso, a proximidade de instalações industriais a relevantes polos de demanda interna, como cidades de médio e grande porte, pode ajudar os fabricantes a alcançarem economias de escala e compensar custos de fornecedores de peças e equipamentos que estejam distantes.

As vendas para o mercado doméstico destas manufaturas tornarão as fábricas “menos dependentes das incertezas dos mercados de exportação, reduzindo riscos de projetos. Os países emergentes têm o desafio de expandir a produção de tecnologias para energias limpas, hoje muito concentradas nos Estados Unidos, China e Europa. Desta forma, é necessário o apoio de políticas oficiais para gerar demanda do público a fim de estimular investimentos neste setor. Também é importante a coordenação entre nações para expandir essas atividades em termos regionais. Os países que fazem parte da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) precisam elevar em oito vezes as vendas de veículos elétricos dentro da região até 2030, para ficar em harmonia com a implementação de seus compromissos voluntários para atingir a emissão zero de CO2 em 2050.

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia, um ambiente de regulamentações e normas que ajuda a acelerar o processo de produção de indústrias do setor pode ser uma fonte de vantagem comparativa. Políticas que podem reduzir o tempo de fabricação, como o licenciamento simplificado e claro arcabouço regulatório, podem ajudar a prover certeza para empreiteiros, fornecedores e investidores. Contudo, estas ações devem ser equilibradas com a necessidade de geração de salvaguardas ecológicas e sociais para a atuação destas indústrias. A transição energética para fontes renováveis requer rápida expansão da força de trabalho que atua nesta nova área da economia. Segundo a IEA, será vital um aumento de 220% dos empregos em indústrias de carros e baterias elétricas, painéis e equipamentos para a produção de energia solar e eólica até 2030 a fim de atingir a emissão zero de carbono em 26 anos.

É necessário planejamento por autoridades do setor público e dirigentes de empresas privadas para treinar mão de obra especializada para atuarem nestes setores. O relatório especial da Agência Internacional de Energia afirma que acordos comerciais podem reduzir riscos das cadeias internacionais de produção de peças e equipamentos para a geração de energias renováveis, embora precisem ser firmados respeitando a estratégia industrial de cada país. Contudo, tais acordos devem também considerar que a atividade industrial que respeita a ecologia pode facilitar parcerias empresariais. Neste contexto, a regulação ambiental em tecnologias de energias limpas, em áreas como a produção de minérios, a fabricação de materiais e transporte, podem encorajar o investimento em novas fábricas com acesso a eletricidade com baixo custo e emissão de carbono ou incentivar a aplicação de recursos para reduzir o lançamento de CO2 na atmosfera por indústrias em operação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.