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07/May/2024

Caminhões: governo avaliando renovação da frota

O governo Lula está negociando um novo programa para renovar a frota de veículos pesados do País, com o objetivo de tirar de circulação caminhões com mais de 20 anos. A tentativa de renovação da frota já foi feita no ano passado, quando o governo anunciou a concessão de R$ 700 milhões. O programa, no entanto, empacou. Só R$ 130 milhões foram utilizados, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Agora, a Pasta, conduzida pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, deve reciclar o programa. A nova proposta, no entanto, não tem data para ser apresentada. “A definição de um programa para renovação da frota de caminhões e ônibus segue orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O alcance do programa, suas metas, condicionantes e fontes de financiamento, entre outras definições, estão sendo avaliados. Alckmin chegou a dizer, em fevereiro, a dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) que o governo federal pretendia lançar um programa permanente de renovação de frota de caminhões e ônibus. Desde então, o setor tem mantido conversas com interlocutores do governo federal para que o programa deslanchasse, o que não aconteceu. Recentemente, durante a inauguração da nova sede da Anfavea, em São Paulo, o presidente da Iveco para América Latina, Marcio Querichelli, se reuniu com o presidente Lula para discutir, entre outros assuntos, a relevância da renovação de frota no Brasil para promover a descarbonização e a modernização da frota. O setor tem uma grande expectativa de que esse projeto saia do papel em breve.

Uma das dificuldades tem sido encontrar a fonte de recursos para relançar o programa. Os caminhoneiros se queixam da forma como o programa anterior foi desenhado e dizem que, por questão financeira, os profissionais autônomos não conseguiram se beneficiar do programa. Estudo encomendado pela Anfavea aponta que há no País quase 500 mil caminhões com mais de 25 anos. A entidade sustenta que o custo para os cofres públicos com os acidentes causados pelos veículos antigos e sem manutenção, além das doenças respiratórias causadas pelos poluentes, chega a R$ 62 bilhões anuais. A associação dos fabricantes defende a negociação de um novo programa e diz que a iniciativa de 2023 gerou um “aprendizado” sobre o processo de renovação da frota.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) afirma que quanto aos motoristas autônomos, a frota tem idade média de 22 anos. A entidade avalia que o fracasso do programa do ano passado se deveu, provavelmente, a dois fatores: dificuldade de comunicar o programa ao público prioritário, que são os autônomos, e baixo acesso a financiamento por parte dos caminhoneiros. Os autônomos têm dificuldade maior de comprovar receita. O Renovar foi discutido por vários anos para encontrar um programa viável do ponto de vista operacional. Agora, parece que a intenção é relançar um novo programa, mas ainda não se sabe o que vai mudar. O MDIC aponta que a baixa procura teve relação com os entraves relativos à quantidade e capacidade das recicladoras para receberem os veículos velhos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.