16/May/2024
Prestes a completar cinco anos de existência, mas com marcas centenárias no portfólio, herdadas da fusão entre Dow e Dupont, que deu origem à companhia, a Corteva acredita que o Brasil é o país mais maduro no mundo para a adoção de produtos biológicos e um dos mercados que mais receberá investimentos em químicos sustentáveis nos próximos anos. A empresa lançará nove ingredientes ativos novos na próxima década e grande parte deles foi pensada para o mercado brasileiro. Para se ter uma ideia, o custo de desenvolvimento de cada ingrediente ativo, segundo a empresa, gira em torno de US$ 300 milhões. Entre os lançamentos está um produto voltado ao combate da ferrugem asiática, a doença que mais causa perdas aos produtores de soja. O produto, definido como “blockbuster”, está em processo de registro, aguardando aprovação dos órgãos regulatórios do Brasil.
A divisão de biológicos, a que mais cresce dentro da companhia, especialmente após a aquisição da espanhola Symborg e da norte-americana Stoller, também aposta no Brasil para crescer, com lançamentos de novos produtos, principalmente os microbianos, que incluem fungos e bactérias. Entre as novidades da área de soluções de base natural que estão chegando ao mercado brasileiro, se destaca um fixador de nitrogênio biológico, ainda sem previsão de lançamento comercial no País. A empresa aumentou o investimento de pesquisa e desenvolvimento na área de biológicos nos últimos dois ou três anos. Há uma demanda muito forte dos agricultores do mundo todo quando se trata de biológicos. Os brasileiros, em geral, estão na liderança do uso não apenas de insumos biológicos, mas de qualquer tecnologia avançada a que tiverem acesso.
O anseio dos agricultores brasileiros por inovação está diretamente relacionado aos extremos climáticos e à pressão de pragas e doenças no campo. Sabe-se que o futuro tem que ser muito centrado em produtividade por hectare, dadas todas as pressões que os agricultores enfrentam e a necessidade que eles têm de produzir mais com menos. É preciso realmente progredir nesse campo de produtividade de forma sustentável. Sobre se a aposta para o futuro dos defensivos tende a ser mais “químico” ou “biológico”, a Corteva não tem preferências e quer ter ofertas competitivas nas duas áreas. Mesmo as soluções químicas serão voltadas à agricultura sustentável. Com a aquisição de Symborg e Stoller, há pouco mais de um ano, a Corteva adicionou US$ 400 milhões às suas vendas no último ano, quando a receita da companhia foi de US$ 17,5 bilhões.
Ainda é muito pequeno o peso do negócio no total, mas apenas há alguns anos esse número era quase zero. A empresa trabalha com a projeção de rápido crescimento da área e estima que o mercado deverá movimentar cerca de US$ 30 bilhões até 2035, representando de 20% a 25% do mercado global de proteção de cultivos. Quanto a novas aquisições, a Corteva está atenta às boas oportunidades no mercado, especialmente a tecnologias mais focadas e que, de alguma forma, se encaixem nos “gaps” da organização. A empresa está em uma posição muito boa, tem flexibilidade financeira e um balanço muito forte. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.