03/Jun/2024
O plantio da safra de soja vai começar em 4 meses e ainda há muitos negócios a serem fechados para sementes, defensivos e alguns fertilizantes usados nas lavouras brasileiras. A busca por custos de produção menores ajuda a explicar por que os agricultores têm atrasado a decisão de compras. Até o final de maio, 53% das compras de sementes no Brasil haviam sido feitas, abaixo do mesmo período do ano passado e das safras 2021/2022 e 2022/2023.
No mercado de defensivos também há lentidão, mas a comercialização está um pouco mais parecida com o ano passado. Até o momento 35% das compras foram feitas, contra 38% na mesma época de 2023. Para fertilizantes, o atraso tem sido observado especialmente para o fósforo. As negociações de cloreto de potássio estão mais adiantadas e puxaram o percentual geral de compras para cima. Até o final de maio, 62% das compras haviam sido feitas, contra 57% no mesmo período do ano passado. A previsão é de melhoria no ritmo dos negócios caso os preços da soja continuem firmes ou subam mais.
A commodity registrou ganhos de R$ 10 por saca em regiões de Mato Grosso e Paraná no mês de maio. Uma reação do mercado, entre outros fatores, às perdas de safra causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Algumas multinacionais de fertilizantes estão alertando clientes para o atraso na compra especialmente dos adubos fosfatados, com metade do volume comercializado até o momento. A maior preocupação está nas regiões de MG, GO, MT e MATOPIBA, pela maior complexidade logística. Fonte: JP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.