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15/Aug/2024

Agrion Fertilizantes Especiais: 10 fábricas no Brasil

A Agrion Fertilizantes Especiais, que inaugurou, no ano passado, sua primeira fábrica em Tupaciguara, Minas Gerais, fechou com a gestora norte-americana Pegasus Capital Partners acordo que pode ultrapassar US$ 250 milhões. O objetivo é construir 10 fábricas de fertilizantes especiais no Brasil nos próximos cinco anos, e desenvolver outros produtos. O aporte será feito pelo Global Fund for Coral Reefs, da Pegasus. O fundo norte-americano tem como principal cotista o Green Climate Fund da ONU (Organização das Nações Unidas). De acordo com a Agrion, Ernani Judice, CEO e fundador da empresa, permanecerá como acionista majoritário, controlador e responsável pela gestão da companhia.

Esse relevante investimento de um fundo norte-americano trará uma chancela global ESG da ONU, além de permitir a expansão da empresa. Já são mais de dez memorandos assinados para novas fábricas. O acordo permitirá também o desenvolvimento de novas linhas de produtos, sempre com produção integrada, economia circular e com foco no aumento da produtividade com redução dos impactos ambientais no segmento de nutrição de plantas. Atualmente, a Agrion produz cerca de 60 mil toneladas de fertilizantes em sua fábrica de Minas Gerais, junto à Companhia Bioenergética da Aroeira. O fertilizante é organomineral, feito a partir da vinhaça e da torta de filtro, resíduos da cana-de-açúcar gerados pela usina e vendido para a própria usina e para o mercado.

A meta é replicar o modelo com 20 novas plantas ao longo dos próximos 10 anos. A empresa tem um potencial de crescimento enorme para os próximos anos. O Brasil conta hoje com mais de 400 usinas de cana-de-açúcar. A expectativa é de que as duas próximas unidades sejam instaladas no estado de São Paulo. O foco da companhia é atuar principalmente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e na Região Nordeste. Entre os setores de impacto financiados pela iniciativa estão a economia circular e a gestão de poluição. O uso excessivo de fertilizantes químicos e pesticidas na agricultura pode fazer com que esses insumos sejam levados para os cursos d'água, que por sua vez os carregam para o mar, ameaçando habitats costeiros e recifes de coral.

Ao fornecer um destino para os resíduos de cana-de-açúcar, altamente poluentes, a Agrion contribui para a resiliência dos ecossistemas marinhos. Este modelo de negócio também apoia a economia circular, já que o produto da Agrion será utilizado nas plantas onde o resíduo é gerado. De acordo com a Agrion, o Global Fund for Coral Reefs, gerido pela Pegasus Capital Advisors, é o único fundo que apoia investimentos que beneficiam habitats marinhos costeiros e a saúde dos recifes de coral no Sul Global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.