23/Aug/2024
A CPFL Energia, controlada pela chinesa State Grid, formalizou nesta quinta-feira (22/08) uma parceria com a Mizu Cimentos, do grupo Polimix, para a implantação de uma planta de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte. A previsão é de que o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) inicie operações em 2027, com investimento de R$ 44 milhões. É a primeira com aplicação na indústria de cimento. O hidrogênio produzido será aplicado no processo produtivo da fábrica Mizu Cimentos em Barauna (RN). O plano é que a planta possa contribuir com a fabricação de cimento com o menor impacto ambiental possível. No início da operação haverá um período de monitoramento de seis meses para medir o impacto real do hidrogênio verde na redução de emissões de CO2.
A queda pode chegar a 12,5 toneladas por ano, de acordo com estimativas preliminares. A planta piloto de produção de hidrogênio vai utilizar apenas energia renovável para alimentar um eletrolisador. A iniciativa vai contribuir para o "amadurecimento" do mercado do hidrogênio verde no Brasil. Na medida em que esse projeto for escalado, a expectativa é que ele ganhe mais produtividade e esse uso realmente seja aplicado de maneira competitiva. No início deste mês, foi sancionada a lei 14.948/2024, que cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono. O marco regulamenta a produção de hidrogênio a partir de diferentes fontes de energia, mas com baixa emissão de carbono. O texto foi comemorado pelo setor, que aguarda a regulamentação e já observa um cenário de alta dos investimentos. A lei institui uma certificação voluntária e incentivos tributários.
O projeto oficializado nesta quinta-feira (22/08) veio após um memorando de entendimento (MoU) com o governo do Rio Grande do Norte firmado em novembro do ano passado e que já previa possibilidades de desenvolvimento do hidrogênio verde e possíveis aplicações. O projeto da CPFL Energia e da Mizu Cimentos está ancorado no Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O órgão regulador iniciou em julho um processo de análise de 24 propostas sobre a produção de hidrogênio de baixo carbono. O valor previsto de investimento é de R$ 2,68 bilhões. Das propostas, são 19 na modalidade plantas piloto, totalizando 131,74 MW para produção de hidrogênio a partir de fontes de baixo carbono, com destinação final para indústria ou mobilidade, por exemplo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.