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26/Aug/2024

Frete Rodoviário: 2ª safra de milho impulsiona preço

Segundo o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços do frete rodoviário para transporte de grãos registraram alta em julho em comparação com o mês anterior nas principais rotas do País. A elevação é influenciada, principalmente, pelo avanço da colheita da 2ª safra de milho de 2024. Na Região Centro-Oeste, na comparação com o mês anterior, os preços para serviço de transporte de grãos em julho, com origem no Distrito Federal registraram variações positivas em todas as regiões pesquisadas, com destaque para as rotas de Osvaldo Cruz, em São Paulo, e Imbituba, em Santa Catarina. Os incrementos nas cotações foram motivados sobretudo pela maior disponibilidade de frete, principalmente de milho. Em Mato Grosso, as remoções agrícolas em julho apresentaram variações discretas em relação ao mês anterior na maioria das regiões acompanhadas. Com a colheita da 2ª safra de milho de 2024 bastante avançada atingindo quase 70% da área, as remoções direcionadas ao mercado interno tiveram papel importante no período.

As cotações para movimentação de grãos a partir de Mato Grosso do Sul também ficaram mais caras em julho, pelos mesmos motivos de colheita do milho 2ª safra de 2024, necessidade de abertura de espaço nos armazéns e demanda por soja aquecida. Em Goiás, a demanda pelo serviço de transporte de grãos na região de Rio Verde, apresentou-se relativamente baixa, principalmente em virtude das chuvas na região dos portos da Baixada Santista (SP), que atrapalhou os carregamentos. Na Região Nordeste, no Maranhão, a alta no preço do diesel em julho também pode ter influenciado no aumento de preços do serviço, aliada a oferta de fretes para transporte de sorgo e milheto para outros Estados. Na Bahia, o fluxo logístico com o transporte de grãos e fertilizantes foi intenso no mês passado, com altas nos preços para a remoção e no volume transportado, em relação ao mês anterior. No Piauí, o mercado de fretes continuou bastante aquecido durante julho, com registro de forte demanda por transporte e impacto nos preços das principais rotas de movimentação de cargas do agro no Estado.

Na média, o aumento nos valores ficou em cerca de 11% em comparação ao mês passado. Na Região Sudeste, em Minas Gerais, a exportação do agronegócio cresce a cada mês, mesmo mantendo armazenado um grande volume de soja sem comercialização. Muitos produtores aguardam a alta nas cotações para incrementar o volume de vendas. Essa espera fará com que o setor siga aquecido ao longo de todo o segundo semestre podendo, inclusive, ser reforçado pelo aporte de embarques de milho, cuja comercialização e volume exportado em relação ao ano passado não ultrapassam 50% da produção. Em São Paulo, o mercado de fretes continuou aquecido durante julho, com a maioria das praças apresentando fortes altas, enquanto cinco praças apresentaram leve queda. Esse aumento se deve ao incremento na demanda, puxada pelo transporte de milho e arroz, além do aquecimento na indústria da construção civil. Na Região Sul, o comportamento não seguiu a tendência nacional. No Paraná, os fretes para os grãos, em julho, tiveram variação negativa em todas as regiões pesquisadas, com exceção de Ponta Grossa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.