28/Aug/2024

A Ferrogrão, projeto ferroviário idealizado no governo Temer para solucionar gargalos no escoamento da produção agrícola principalmente da Região Centro-Oeste, foi classificada como essencial pela Logística Operacional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A ferrovia terá um papel fundamental para reduzir os custos de exportação, influenciando positivamente a competitividade do produtor. A Rumo Logística destacou que o projeto da ferrovia enfrenta desafios complexos, como questões ambientais e o elevado custo de capital.

A sociedade brasileira precisa decidir se deseja seguir adiante com a Ferrogrão, considerando todos os obstáculos envolvidos. Com 933 Km de extensão e capacidade para transportar até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano, a Ferrogrão, que interligará os municípios de Sinop (MT) e Itaituba (PA), prevê um investimento de R$ 24 bilhões. Se o projeto não avançar rapidamente, outras alternativas logísticas, como novas ferrovias e hidrovias, podem tornar-se mais viáveis, levantando mais dúvidas sobre o projeto.

Em agosto, o PSOL, autor da ação que questiona o projeto da Ferrogrão no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao ministro Alexandre de Moraes mais tempo para a conclusão de estudos sobre a viabilidade e os impactos da obra. No dia 19 de agosto, Moraes intimou a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a se manifestarem sobre o pedido. Moraes é relator de ação do PSOL contra uma Medida Provisória (MP) de 2017 que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) para comportar os trilhos da Ferrogrão. O projeto está paralisado desde 2021 por decisão cautelar do ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.