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13/Sep/2024

“Taxa de Pouca Água” pressiona custo de transporte

Os efeitos da forte estiagem registrada em boa parte do País vão além do agronegócio. Devido ao baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, as termoelétricas foram acionadas. A partir deste mês, a bandeira tarifária cobrada na conta de luz passou de verde para vermelha nível 1. Isso vai significar um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A avaliação de especialistas do setor é de que esse custo extra deve ser mantido pelo menos até o fim do ano.

Além de gastar mais com a eletricidade, os brasileiros provavelmente também vão desembolsar mais para comprar eletroeletrônicos produzidos na Zona Franca de Manaus (AM). Com o baixo nível dos rios na região Amazônica, os custos de transporte de componentes importados aumentaram. Desde julho, os fabricantes da Zona Franca estão pagando a “taxa de pouca água” aos operadores internacionais de navegação, segundo a Eletros (associação que reúne a indústria eletroeletrônica). A taxa é da ordem de US$ 5 mil por contêiner, o equivalente a R$ 28,2 mil. Os operadores justificam que a “taxa de pouca água” é necessária devido ao baixo nível dos rios, que eleva os custos para o transporte de insumos e mercadorias.

Esse encargo é adicional ao custo do frete da Ásia para o Brasil, que registrou forte aumento nos últimos meses por uma série de fatores globais. Era de US$ 2 mil (R$ 11,3 mil) por contêiner, cinco meses atrás, e hoje está em US$ 13 mil (R$ 73,45 mil). O custo de transporte dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus teve um acréscimo de quase US$ 20 mil (R$ 113 mil) por contêiner. É inevitável o impacto no preço final dos produtos. Em Manaus (AM) são fabricados TVs, aparelhos de ar-condicionado, fornos de micro-ondas, lava-louças, bens de informática e eletroportáteis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.