24/Sep/2024

O Rabobank estima que as entregas de fertilizantes aos consumidores finais no mercado brasileiro devem somar 45,5 milhões de toneladas neste ano. O volume é 0,73% inferior ao consumido no País no ano passado, de 45,835 milhões de toneladas. As entregas de fertilizantes dos meses que antecedem o plantio de soja devem determinar se 2024 ultrapassará ou não o recorde de entregas de 2021. A nova safra de grãos tende a apresentar custos operacionais inferiores ao da temporada passada, apesar das margens mais apertadas para a soja, após o ciclo positivo visto de 2020 a 2023.

O custo de adubação na safra 2024/2025 será 3,5% menor que o reportado no ciclo 2023/2024. O cloreto de potássio (KCl) é o principal responsável pela retração no custo com fertilizantes na safra, que caiu 2% entre janeiro e setembro deste ano para R$ 1.600,00 por tonelada CFR porto. Em contrapartida, o fosfato monoamônico (MAP) subiu 22% no mesmo período, para R$ 3.200,00 por tonelada CFR porto, impulsionado pela desvalorização do Real e pelo aperto no mercado global de fósforo. O mercado segue bastante estável nos últimos meses que antecedem o plantio da próxima safra.

A preocupação continua a ser os altos custos com o fósforo, que devem limitar a entrega de fertilizantes em 2024. A oferta ajustada de fósforo deve-se à menor produção pelos Estados Unidos e recuo na exportação pelo Marrocos, dois importantes players do fornecimento internacional do macronutriente. No Brasil, essa alta do preço do fósforo deve ser um dos principais motivos a restringir a demanda por fertilizantes na safra atual. Um dos custos que deve ser cortado pelos produtores é justamente à adubação à base de fósforo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.