23/Oct/2024
O ministro dos Transportes, Renan Filho, que cumpre agenda em países europeus, afirmou que as reuniões já realizadas reforçam o otimismo sobre o apetite do mercado para os 30 projetos rodoviários que o governo pretende leiloar até 2026. Entre as reuniões, Renan Filho se reunirá com executivos da BlackRock e JP Morgan. Há boa expectativa dos investidores internacionais com o Brasil, que elogiam questões como a modernização dos projetos e a participação do BNDES como estruturador e agente garantidor de facilitação de financiamentos.
Os primeiros dois dias de viagem foram na Espanha, destino que já havia sido visitado por Renan Filho no ano passado. Segundo o ministro, o país, além de já ser o segundo maior investidor no Brasil, também é importante por fortalecer o diálogo com os demais europeus. A partir desta quarta-feira (23/10), o ministro e sua comitiva seguem para Londres, onde se reúne com grandes nomes do mercado financeiro, como a BlackRock e o JP Morgan, que desejam investir no Brasil.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, é uma das interessadas em investir na "Rota da Celulose", um conjunto de projetos que reúne trechos da BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, ligando as regiões central e leste de Mato Grosso do Sul ao estado de São Paulo e cujo leilão deve ocorrer ainda este ano na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. O fundo, que administra mais de US$ 10,5 trilhões em ativos, valor superior a quatro vezes o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de US$ 2,3 trilhões, já foi sondado por empresas operadoras de rodovias do Brasil e de outros países. Incluindo os projetos da "Rota da Celulose", o governo pretende levar mais 6 projetos rodoviários a leilão neste ano, o que totalizaria 10 desde a posse do atual governo Lula.
O próximo na agenda de leilões é o trecho da BR-262 em Minas Gerais. Outros 2 estão agendados para 12 de dezembro e mais 4 em 19 de dezembro. O ministro destaca que além da maior maturidade dos projetos da fase atual de concessão, reforçam o apetite do mercado as repactuações das atuais concessionárias. Entre os 10 processos ainda em análise estão 4 da espanhola Arteris, que demonstra disposição de participar de novos leilões caso consiga repactuar seus contratos e assim retomar as condições jurídicas para participar de certames. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.