05/Nov/2024
A Rumo vai manter o ritmo de investimentos no setor ferroviário após aplicar R$ 30 bilhões em infraestrutura desde 2015. A continuidade dos aportes dependerá da expansão da produção agrícola e das condições econômicas do País. Em destaque, a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, que terá 700 quilômetros de extensão até Lucas do Rio Verde, importante polo de grãos no Estado. A Ferrovia vai passar por 16 municípios, entre Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá. Tudo interligado ao Porto de Santos (SP). A primeira fase do projeto, com 160 quilômetros, deve começar a operar em 2026, atendendo as cidades de Primavera do Leste, Tomaquino e Campo Verde.
A obra, que envolve 4.500 trabalhadores, faz parte dos planos da Rumo de aumentar o escoamento ferroviário de produtos agrícolas da região. A ferrovia é uma das apostas da companhia para aliviar o transporte rodoviário, que ainda concentra a maior parte da logística de grãos. Nos últimos dez anos, a Rumo dobrou sua capacidade de transporte em Mato Grosso, passando de 12 milhões para 25 milhões de toneladas anuais sem expansão da malha existente, apenas com recuperação e modernização de ativos.
A empresa também projeta reforçar a logística de exportação no Porto de Santos (SP). Em parceria com a norte-americana CHS, a Rumo está ampliando sua capacidade portuária para atender ao crescimento das exportações de grãos e evitar gargalos futuros. É preciso garantir que o Porto de Santos tenha a estrutura necessária para o fluxo de produção do agronegócio. Outro ponto mencionado é a operação da Malha Central, trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga Palmas (TO) a Estrela do Oeste (SP). O corredor ferroviário movimenta atualmente entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano, conectando a produção de Tocantins, Goiás e Triângulo Mineiro (MG) ao Porto de Santos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.