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19/Dec/2024

Bioinsumos: Biotrop vai abrir nova fábrica em SP

A companhia brasileira de bioinsumos Biotrop irá investir em uma segunda fábrica de produção de biofungicidas em Jaguariúna (SP). A empresa já produz esse tipo de insumo em uma outra unidade que já tem no mesmo município, mas a nova planta operará com um método de produção diferente, que permitirá mais eficiência e rapidez na formulação dos produtos. Para esse novo projeto, a empresa investirá R$ 50 milhões entre o fim de 2025 e o início de 2026. A expectativa é que as obras comecem no último trimestre do ano que vem. A nova fábrica no interior de São Paulo deve concentrar o maior aporte da Biotrop prevista para o ano, mas o investimento não é tão grande quanto os R$ 100 milhões que a empresa colocou em dois centros de multiplicação de microrganismos, um em Curitiba (PR) e outro em Jaguariúna em agosto deste ano. O plano para 2025 é “segurar investimentos”, enquanto projeta a manutenção do ritmo de crescimento no próximo ano.

Líder de produção de bioinsumos no Brasil, a Biotrop espera fechar este ano com R$ 754 milhões em vendas brutas, um crescimento de 21% em comparação com o ano passado. Para 2025, a estimativa é de que as vendas brutas crescerão 25%. As operações das fábricas ajudarão a alcançar as projeções. A estratégia será focar na ampliação de mercado nos Estados Unidos, onde a companhia quer atrair clientes e construir uma fábrica em 2026 para criar formulações voltadas às características da produção agrícola do País. Atualmente, a Biotrop possui um laboratório de pesquisa dentro da Universidade da Flórida (EUA). Os novos projetos da Biotrop refletem o potencial do mercado de biológicos no País. Apesar do segmento ter enfrentado margens apertadas no ciclo 2023/2024, o faturamento do setor deve crescer 18% no Brasil. A temporada 2024/2025 ainda será de ajuste para o mercado, com expectativa de melhoras nas margens e na adimplência. O ano safra anterior (2023/2024) foi de aperto para toda a cadeia.

A própria Biotrop cobrou de 5% a 7% a menos pelas formulações do que o valor médio aplicado em 2023, “uma erosão de preço”. Nos últimos meses, os produtores rurais conseguiram se capitalizar e pagar as contas em razão da alta do dólar. A expectativa é que isso permita aos agricultores voltarem a investir em produtos, como os bioinsumos. Até agosto, as vendas ficarão bastante represadas. Dali em diante, houve uma aceleração, inclusive neste mês de dezembro, o que vai possibilitar inclusive faturar algumas compras feitas até o fechamento da semana para janeiro, dando uma margem de segurança no negócio. Para a indústria de bioinsumos, a capitalização do produtor, com possibilidade de investir, é a equação perfeita. Há uma grande vantagem de o Brasil ser a referência mundial em biológicos e de o insumo biológico não ser dolarizado, ficando alheio ao impacto da taxa cambial. A alta do dólar deve inclusive ajudar na competitividade do segmento. Isso vai botar muita pressão na indústria química de fertilizantes e de defensivos. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.