08/Jan/2025
Além de comprar volumes de biometano de produtores por meio de chamada pública, como a anunciada na segunda-feira (06/01), a Petrobras também vai entrar na produção desse gás limpo, conforme previsto no plano estratégico. Mas, não vai entrar sozinha e já está conversando com empresas deste mercado. O desafio é que a Petrobras está acostumada com parceiros grandes e o mercado do biometano é muito pulverizado. Como a demanda base da Petrobras para seguir a Lei do Combustível do Futuro em seu trecho sobre biometano é expressiva (cerca de 700 mil m³/dia), a empresa terá de entrar na produção e comprar de terceiros ao mesmo tempo.
A lei permite ainda cumprir os mandatos de biometano por meio da compra de certificados emitidos por produtores em locais isolados, afastados da malha nacional de gás ou de unidades da Petrobras. A companhia deve lançar mão dos certificados, o que facilita o atingimento das metas ao mesmo tempo que estimula o mercado nacional do produto. Segundo o texto legal, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai definir metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa via biometano em empresas de gás natural, como a Petrobras.
A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%. A chamada para aquisição de biometano pela Petrobras tem caráter não vinculante e, portanto, empresas aprovadas podem não firmar contratos de venda para a estatal ao fim do processo. Há um interesse da Petrobras em mapear o mercado para entender a oferta potencial e preços, uma vez que não se trata de uma commodity. Para participar, os produtores de biometano precisam ter uma capacidade de produção de 20 mil m³ por dia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.