18/Mar/2025

Com a popularidade despencando, o presidente Lula passou a acenar de forma mais incisiva a aliados históricos da esquerda raiz. Um dos gestos recentes animou o Movimento dos Sem Terra (MST), que agora espera colher frutos dessa relação e pressiona o governo com a retomada de invasões do Abril Vermelho. Nos últimos dias, o movimento invadiu propriedades em pelo menos cinco Estados: Bahia, Espírito Santo, Ceará, Paraná e Rio de Janeiro. E, no dia 13 de março, publicou em seu site um artigo com o título: “A colheita que queremos do Governo Lula”.

O texto cobra “recursos massivos” para a reforma agrária e deixa claro que o MST não ficará só no diálogo. “Nestes meses de março e abril, estaremos em jornadas de lutas pela Reforma Agrária”, diz a publicação. Neste 3º mandato de Lula, a política de reforma agrária tem se mostrado similar à de seus antecessores: não tem sido tratada como uma prioridade estratégica”, diz o documento. No dia 7 e março, o presidente Lula esteve no acampamento Quilombo Campo Grande (MG). No local, ele disse que “tem lado” e não “esquece quem são seus amigos”.

Também anunciou lotes e prometeu recursos. Quatro dias depois, o governo mudou o orçamento de 2025 para incluir R$ 750 milhões em programas que beneficiam o MST na aquisição de alimentos da agricultura familiar e para o Fundo de Terras da Reforma Agrária. O remanejamento orçamentário foi mal-recebido pela bancada do agro no Congresso. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, responsável pelas políticas de assentamento para os sem-terra, afirmou que seu orçamento é voltado a todos os públicos da agricultura familiar e da reforma agrária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.