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19/Mar/2025

Canal do Panamá: ponto de atrito entre China e EUA

O líder chinês, Xi Jinping, está irritado com a venda de portos do Canal do Panamá para um grupo liderado pelos Estados Unidos, pois a empresa de Hong Kong envolvida não buscou aprovação do governo chinês. A liderança de Xi pretendia usar os portos como moeda de troca com o governo Trump, mas o anúncio da venda frustrou esse plano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou o acordo como uma vitória sobre a China na disputa por influência na América Latina. A insatisfação de Xi sugere que ele também vê o Canal como estratégico e quer evitar a percepção de derrota.

O acordo, anunciado em 4 de março, prevê que a CK Hutchison, controlada pelo bilionário Li Ka-shing, venda ativos portuários globais a investidores liderados pela BlackRock por US$ 22,8 bilhões, incluindo dois portos no Panamá. Autoridades chinesas analisam formas de dificultar a transação, mas a China não tem meios diretos de bloqueá-la, pois os ativos estão fora de seu território. As partes envolvidas confiam na conclusão do negócio. Xi enfrenta um dilema: demonstrar insatisfação com a empresa de Hong Kong para preservar sua imagem de líder forte ou evitar uma escalada com os Estados Unidos.

A China tem respondido com moderação às tarifas norte-americanas, sinalizando cautela. Fontes afirmam que Xi viu Li Ka-shing agir contra os interesses chineses e que há anos o governo chinês tem uma relação tensa com o bilionário, que reduziu sua dependência da China e de Hong Kong. Autoridades do Panamá garantem que os portos chineses não representam ameaça militar nem violam a neutralidade da hidrovia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.