10/Apr/2025
Após dois anos de paralisação, a Fábrica de Fertilizantes de Araucária (Fafen-PR), no Paraná, poderá voltar a operar até o início de junho, informou em nota a Federação Única dos Petroleiros (Fup). A reabertura da Fafen-PR é considerada fundamental, não apenas para o setor petroquímico, mas também para a economia nacional. A unidade tem um papel estratégico na produção de fertilizantes nitrogenados, reduzindo a dependência de importações. O Brasil, atualmente quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, importa cerca de 85% dos produtos que utiliza. Em reunião, foram abordadas questões sobre a segurança da unidade, especialmente no contexto da parada de manutenção e da retomada das operações. A Fup e o Sindiquímica-PR destacaram a necessidade urgente de reposição de efetivos para garantir a continuidade das operações com segurança e eficiência. A falta de pessoal é um dos principais desafios.
A reabertura da Fafen-PR não só representa uma oportunidade de geração de empregos e renda, mas também está diretamente ligada à segurança alimentar da população brasileira. Seguem pendentes questões relacionadas ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), como a implantação do Plano de Cargos e Salários e a situação previdenciária dos petroquímicos, que ainda não têm acesso ao Plano Petros (plano de previdência privada da Petrobrás), em descumprimento ao acordo firmado com o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Outro ponto relevante debatido foi a incorporação da Fafen-PR ao Sistema Petrobras. A Fafen-PR, que operava desde 1982, era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas. A “hibernação” da Fafen-PR fez com que o País deixasse de produzir, por dia, 2 mil toneladas de ureia e 1.300 toneladas de amônia, utilizados na fabricação de fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.