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16/Apr/2025

Indústria Química: produção recua no 1º bimestre

De acordo com o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim-Fipe, a produção, as vendas internas e a demanda nacional por produtos químicos de uso industrial apresentaram queda de 5,6%, 0,8% e 4,0%, respectivamente, no primeiro bimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024. Os dados de demanda são medidos pelo consumo aparente nacional (CAN), que é a soma da produção e importações, menos as exportações. No período, o setor operou com 60% de sua capacidade, 5% abaixo da média de 65% registrada no mesmo período de 2024.

Este é o menor nível médio de operação desde que a entidade começou a coletar dados, em 1990. Quanto aos preços, o Índice Geral de Preços da Abiquim-Fipe indicou aumento de 5,1% nos produtos químicos entre janeiro e fevereiro de 2025. Considerando a inflação, os preços reais desses produtos subiram 3,6% no primeiro bimestre de 2025, com base no IPA-Indústria de Transformação da FGV, que teve um aumento de 1,5% no mesmo período. Em comparação com 2024, os preços reais em dólar estão 11,3% mais altos. Sobre o euro, o crescimento foi de 11,2%. Isso se deve à desvalorização do dólar e do euro em relação ao real, que caiu 5,5% para ambas as moedas.

Os resultados negativos do primeiro bimestre de 2025 foram especialmente influenciados pelo desempenho fraco de fevereiro, quando a produção caiu 10,1% em relação a janeiro, e as vendas internas diminuíram 4,5%. As empresas apontaram diversos fatores para explicar esse desempenho: problemas operacionais, unidades paralisadas, plantas em hibernação, demanda em baixa, restrições de matéria-prima, variações na disponibilidade de energia elétrica e um número menor de dias de operação (28 dias em fevereiro contra 31 em janeiro).

Como resultado, a utilização da capacidade caiu para 57%, sete pontos porcentuais abaixo do nível de fevereiro de 2024 (64%). As exportações também sofreram uma queda significativa de 15,8%. Na comparação dos últimos 12 meses, até fevereiro de 2025, todas as variáveis analisadas no Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) mostraram resultados positivos. A produção cresceu 3,2%, as vendas internas aumentaram 7,0%, os preços subiram 19,3% e a demanda nacional, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), teve aumento de 3,2%. As importações também subiram 6,4% no período. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.