22/Apr/2025
Depois de dois anos de retração no mercado de máquinas agrícolas, o Itaú BBA projeta que 2025 marcará o início de uma recuperação no setor. A análise leva em conta a previsão de uma safra cheia e o retorno gradual dos investimentos por parte dos produtores rurais. Os primeiros sinais já apareceram nos dois primeiros meses deste ano, quando foram comercializados 7.326 tratores e colheitadeiras, um salto de 43% sobre igual período de 2024, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Já se observa a liberação de investimentos que estavam represados. Nos últimos anos, o produtor segurou a renovação do parque de máquinas, e agora há um ritmo melhor de negócios e perspectivas mais animadoras.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor deve crescer 8,2% em 2025, após encerrar o ano passado com queda de quase 20% no faturamento. Em 2024, as vendas somaram R$ 60,4 bilhões, pressionadas pela quebra de safra e por custos elevados. No número de unidades, o setor também encolheu: 48.897 máquinas vendidas em 2024, 20% abaixo de 2023, que já havia registrado retração de 13%. Apesar de os preços dos grãos não terem reagido como o esperado, o ganho por hectare melhorou com o avanço da produtividade. Efetivamente, o preço não reagiu, mas a receita por hectare subiu bastante. Mesmo com a indefinição sobre o Plano Safra 2025/2026 e a persistência de um cenário macroeconômico apertado, o Itaú BBA avalia que a disposição do produtor em voltar a investir já se reflete em feiras como a Agrishow.
A organização do evento projeta R$ 15 bilhões em intenções de negócios nesta edição, alta de 10,2% sobre 2024. O banco informou que começou o ano com uma carteira de crédito rural de R$ 115 bilhões e espera atingir R$ 135 bilhões até dezembro. Entre os focos estratégicos, estão as agroindústrias voltadas à produção de biocombustíveis, especialmente etanol de milho e esmagamento de soja. Há mais de R$ 30 bilhões em projetos mapeados nesses segmentos. Será um ano marcado por investimento, pela ampliação da presença comercial do Itaú BBA e pela regionalização da operação no agronegócio. O objetivo é reforçar, na prática, a vocação que temos para financiar o setor e seguir atendendo os clientes com conhecimento técnico e especializado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.