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24/Apr/2025

Logística: exportação cresce na Rota 2 - Amazônica

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que as exportações brasileiras que saíram do território nacional pela aduana chamada de "Tabatinga-AM" foram maiores, em 2024, do que a soma dos últimos sete anos. O desempenho é visto como um dos resultados já percebidos com o projeto de "Integração e Desenvolvimento Sul-Americano", uma das prioridades da ministra. Trata-se, por exemplo, de cimento produzido no Amazonas e de açúcar oriundo do Mato Grosso, destinados ao Peru. São cinco rotas de integração. A "Rota 2 - Amazônica", pelo lado do Brasil, busca a exportação de produtos como máquinas, equipamentos e bens de consumo para o Peru, Equador e Colômbia, além da Ásia e América Central. É uma rota praticamente fluvial, porque ela é ecológica, atravessa a Amazônia Legal, e está pronta para ser concluída até o final deste ano.

Houve aumento em 7 vezes na exportação de produtos nesta rota, em função daquilo que já foi executado. Em 2024, o valor é relativamente pequeno, cerca de US$ 7 milhões, mas segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, o aumento já representa um grande impacto na região. O financiamento para iniciativas e projetos das cinco rotas é estimado em US$ 10 bilhões, além de recursos orçamentários. Cerca de US$ 3 bilhões é financiamento via BNDES, apenas para o Brasil. Dos bancos regionais de desenvolvimento, Banco Interamericano de Desenvolvimento BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e Fonplata, é previsto outros US$ 7 bilhões. Na ponta, os recursos serão destinados para desenvolver portos, aeroportos, ferrovias, cabotagem, área de conectividade, aduana, etc. O Brasil tem condições de dobrar as exportações e importações para a América do Sul.

O projeto de cinco rotas também visa a exportação para o mercado asiático. O Brasil está muito mais perto da Ásia pelo Oceano Pacífico do que pelo Oceano Atlântico. A ministra explica que haverá, por exemplo, postos avançados chamados de "cabeceira única", pelo lado do Brasil, em Porto Murtinho (MS). O que levaria 72 horas de espera de um caminhão, vai gastar quase 6 horas. Isso significa uma diminuição do custo. Na lista, há também a "Rota 1 - Ilha das Guianas", que visa ampliar mercado com Venezuela e a Guiana, além da Ásia e do Mercado Comum e Comunidade do Caribe. A "Rota 3 - Quadrante Rondon", vai ampliar o comércio com o Peru, Bolívia e Chile, além do mercado asiático. A "Rota 4 - Bioceânica de Capricórnio" integra Paraguai, Argentina e Chile, e em vista o mercado asiático. Por fim, a "Rota 5 - Porto Alegre/Coquimbo" interliga Argentina, Uruguai e Chile, além do mercado asiático. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.