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25/Apr/2025

Máquinas: Santander está apostando em consórcio

Mesmo diante de um cenário considerado desafiador para o agronegócio em 2025, o Santander projeta movimentar cerca de R$ 2 bilhões na Agrishow, repetindo o volume do ano passado, e aposta em soluções financeiras mais planejadas como o consórcio para manter o fôlego nas contratações. Com os juros altos limitando o apetite por financiamento, o consórcio agro aparece como uma alternativa mais viável, principalmente para aquisição de máquinas e equipamentos, pois é muito mais barato que o financiamento. O produto cresceu 30% de dois anos para cá. O banco oferece hoje uma das melhores taxas de contemplação do mercado em grupos específicos, o que significa uma chance grande de ser contemplado rapidamente.

Além do consórcio, o banco aposta em duas outras soluções principais na Agrishow: a CPR, a Cédula de Produto Rural, tradicional instrumento de capital de giro do agro, e o Multiagro, linha de financiamento de longo prazo para máquinas. O produtor está receoso em tomar dinheiro a 18%, 19%. Mesmo assim, o banco está levando a CPR, que é o carro-chefe do capital de giro, e o Multiagro, com financiamento de até sete anos, com entrada de 20%. O cenário macroeconômico ainda impõe desafios, em função do nível elevado da taxa básica de juros, a Selic. O que mais atrapalha são as taxas de juros de dois dígitos. O agro depende muito de crédito, e o governo, com a situação fiscal complicada, não deve conseguir oferecer muito subsídio.

Ainda assim, pode haver alívio no curto prazo, com uma safra que foi colhida, dívidas pagas e preços internacionais mais favoráveis no fim de 2024. A safra girou, o produtor pagou e isso anima a investir de novo. E os preços foram melhores que o previsto, com dólar acima de R$ 6,00 no fim do ano e soja acima de US$ 10,00 por bushel. Para o médio e longo prazo, há riscos no ambiente global em função da possibilidade de freio no crescimento da economia em um momento de elevação de tarifas no comércio global. Se a China não crescer, porque não vende para os Estados Unidos, o consumo de produtos do Brasil diminui. No curto prazo, o momento é favorável. No médio e longo, o não crescimento do mundo é ruim para todos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.