28/Apr/2025
A Agrishow 2025, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, chega à sua 30ª edição com a expectativa de movimentar R$ 15 bilhões em negócios, cerca de 10% acima dos R$ 10,5 bilhões do ano passado, e manter o status de vitrine de inovações. Com cerimônia de abertura neste domingo (27/05), o evento segue até a sexta-feira (02/05) em Ribeirão Preto (SP). Neste ano, o foco está ainda mais direcionado às demandas por produtividade em áreas limitadas e à adaptação às mudanças climáticas. O evento, realizado em uma área de 520 mil m² (equivalente a sete estádios do Maracanã), deve atrair mais de 195 mil visitantes e 800 expositores, incluindo gigantes internacionais do setor.
De acordo com os organizadores, as principais apostas desta edição envolvem drones e inteligência artificial no campo, com tratores autônomos e sensores para otimizar irrigação e manejo de pragas. Além disso, devem ganhar destaque as máquinas agrícolas verdes, com menor consumo de combustível e emissões, e soluções voltadas a extremos climáticos, como sistemas de monitoramento em tempo real. Secas, incêndios e excesso de chuvas têm desafiado o produtor, e as fabricantes trazem respostas. O foco permanece em soluções para elevar a produtividade na mesma área, já que a expansão nem sempre é possível, independentemente do porte do produtor.
Apesar do otimismo com os negócios, o cenário macroeconômico impõe cautela. Juros altos e incertezas sobre o Plano Safra 2025/2026 mantêm parte dos produtores em compasso de espera, especialmente os que dependem de crédito para investir. Mas, mesmo com incertezas (como clima, juros altos e volatilidade nos mercados externos) o produtor precisa se atualizar. A feira é onde ele vê tecnologias, negocia condições e se empolga. Muitos fecham negócios após o Plano Safra (em junho), então as taxas de juros são cruciais. Se forem atraentes, a roda gira. O governo sinaliza um plano robusto, o que é essencial para viabilizar compras.
Quatro fatores determinam os negócios no agro: clima, campo, crédito e commodities. O clima atrapalhou bastante nos últimos quatro anos, mas está melhor em 2025. Sobre o crédito, o cenário ainda é preocupante. Diante disso, muitos estão investindo com recursos próprios, dentro do que conseguem. As culturas que devem puxar a demanda por tecnologia na feira são soja, milho, pecuária e cana-de-açúcar. Quem atua com a soja e o milho, deve apresentar forte interesse em sementes adaptadas e fertilizantes inteligentes. A pecuária e a cana-de-açúcar atraem atenção para soluções como sistemas de rastreamento, máquinas específicas e colheitadeiras de última geração.
O Banco do Brasil espera acolher R$ 3 bilhões em propostas de crédito durante a 30ª edição da Agrishow. Terá um estande de 600 m² e uma série de ações voltadas para produtores e para o público jovem. O banco oferecerá atendimento com assessoria, orientação de negócios e soluções completas de financiamentos para o pequeno, o médio e o grande produtor. Durante os cinco dias de Agrishow (entre 28 de abril e 2 de maio), mais de cem funcionários especializados estarão no estande para atendimento aos clientes e representarão o banco em atividades como palestras, painéis e ações promocionais. A feira também marca o lançamento do Clube Broto, programa de benefícios para produtores que adotam práticas digitais e sustentáveis, dentro da plataforma digital Broto.
A iniciativa pretende atingir 100 mil assinaturas em três anos. Além disso, na Agrishow, a BB Consórcios também vai oferecer um grupo de veículos pesados com 30% de desconto na taxa de administração para o período da feira. O Banco do Brasil projeta atingir até junho 100% da execução dos recursos equalizados do Plano Safra 2024/2025. No início do ano, o banco já havia alcançado R$ 400 bilhões de saldo na carteira de crédito do agro, marca histórica que contempla mais de 1,6 milhão de operações, um crescimento de 12% frente ao mesmo período de 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.