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28/Apr/2025

Fertilizantes: Yara divulga resultado do 1º trimestre

A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara reportou lucro líquido de US$ 295 milhões (US$ 1,15 por ação) no primeiro trimestre de 2025 (1ºtri25), avanço ante o registrado em igual período do ano passado, quando obteve lucro líquido de US$ 6 milhões (US$ 0,07 por ação). A receita subiu 9,5% no período, de US$ 3,332 bilhões para US$ 3,648 bilhões. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa nos primeiros três meses do ano avançou 30,1%, para US$ 566 milhões, ante US$ 435 milhões no período equivalente do ano anterior. Ao excluir itens especiais, o Ebitda do primeiro trimestre deste ano teve alta de 46,7%, comparado com igual intervalo de 2023, de US$ 435 milhões para US$ 638 milhões. Em comunicado, a empresa atribuiu os resultados ao aumento das entregas, melhores margens e redução de custos fixos. As entregas de produtos nos três primeiros meses de 2025 alcançaram 7,808 milhões de toneladas.

As entregas totais foram 7% maiores do que no mesmo trimestre do ano anterior, impulsionadas principalmente pela Europa e pelo Brasil, destacou a Yara em relatório. Já a produção da companhia no período registrou alta de 6,3%, para 4,902 milhões de toneladas, apesar do recuo de 1,4% na amônia, que somou 1,717 milhão de toneladas. Na região das Américas, o Ebitda excluindo itens especiais foi de US$ 155 milhões no trimestre, 8% superior ao primeiro trimestre do ano passado. O resultado foi impulsionado pelo aumento das entregas e redução de custos fixos, compensando a redução das margens comerciais. As entregas totais foram 12% maiores, com forte crescimento de NPKs (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) no Brasil em comparação com um trimestre fraco no ano anterior. Na Europa, o Ebitda excluindo itens especiais subiu para US$ 159 milhões, por causa do aumento das entregas, melhores margens e redução de custos fixos. As entregas totais foram 15% maiores, com aumento significativo para NPK e nitratos.

Na África e Ásia, o Ebitda cresceu para US$ 87 milhões, refletindo margens comerciais mais fortes na Ásia e menores custos fixos. Contudo, as entregas totais foram 3% menores, principalmente por causa da paralisação em Babrala, na Índia, e da alienação da operação na Costa do Marfim, o que compensou o aumento nas vendas de produtos premium. No segmento de soluções industriais, a Yara informou que o Ebitda excluindo itens especiais foi 61% superior ao primeiro trimestre de 2024, somando US$ 93 milhões, mas com queda de 1% nas entregas. No segmento de Amônia limpa, as entregas aumentaram 3%, com a maior disponibilidade de produto das plantas nos Estados Unidos e na Austrália, enquanto o Ebitda subiu 59% para US$ 41 milhões. Embora a Yara tenha navegado com sucesso pela volatilidade recente ao focar na continuidade operacional, os retornos recentes ficaram abaixo do satisfatório.

A empresa está rigidamente focada na conversão de caixa, priorizando recursos para ativos e atividades principais com maior retorno, enquanto reduz iniciativas não essenciais e de menor retorno. Além disso, a companhia executa um programa de redução de custos e investimentos (capex), com a meta de cortar US$ 150 milhões em custos fixos e capex até o final de 2025. Novas reduções estão em andamento para o quarto trimestre de 2025, garantindo que a taxa de custos fixos antes da inflação de 2026, de US$ 2,38 bilhões, seja atingida. Além disso, a empresa destacou que as tarifas dos Estados Unidos tiveram impacto limitado nos mercados globais de ureia até agora, mas podem alterar os fluxos comerciais. As importações da Yara para os Estados Unidos são limitadas e representam menos de 5% das receitas e volumes consolidados. Fonte: Broadcast Agro.