07/Jun/2019
O clima excessivamente úmido que atrasa o plantio da safra nos Estados Unidos poderá dar suporte aos preços do milho no mercado interno. Com a expectativa de quebra da safra norte-americana, as exportações do grão brasileiro tendem a subir. 25 milhões de toneladas do grão já foram comercializados antecipadamente. Porém, neste momento de colheita da 2ª safra no Brasil e com o recuo do dólar, os preços estão em patamares bem abaixo dos verificados na semana passada, com uma redução significativa das ofertas. Os valores indicados pelo milho, tanto no spot como para embarque nos próximos meses, estão estáveis nesta semana, mas até R$ 4,00 por saca de 60 Kg mais baixos do que na semana anterior. Desta forma, o mercado está parado.
Também contribui para o ritmo lento das negociações o fato de terem sido comercializados grandes volumes nas últimas semanas, o que deixa produtores em situação confortável para adiar novos acordos. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 28,00 e R$ 29,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Queda acentuada também é observada nas indicações para embarcar o milho em julho e agosto, entre R$ 26,00 e R$ 27,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento 30 dias após o embarque. As indicações de exportadores também registram recuo, para entre R$ 25,00 e R$ 25,50 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. As empresas do mercado interno indicam até R$ 26,00 por saca de 60 Kg.
Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, os exportadores indicam R$ 39,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Paranaguá (PR), para embarque em julho e pagamento em agosto de 2020, o equivalente a R$ 28,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados. No Rio Grande do Sul, praticamente não ocorrem negócios no disponível em função da queda de preços. O preço caiu até R$ 2,00 por saca de 60 Kg em relação à semana passada e isso afastou os vendedores. A indicação no spot está entre R$ 35,00 e R$ 37,00 por saca de 60 Kg, dependendo do local, para retirada em julho cheio e pagamento no mesmo mês. Produtor, por sua vez, está retraído. Quanto ao milho da safra de verão (1ª safra 2019/2020), a movimentação de lotes está praticamente parada.