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08/Jul/2019

Tendência de preços sustentados do milho no Brasil

A tendência é de preços sustentados para o milho no mercado interno, com exportações muita aquecidas e cotações futuras em alta em Chicago. No acumulado do primeiro semestre, o Brasil exportou 9,64 milhões de toneladas de milho, o segundo maior volume para o período de toda a série histórica. A demanda aquecida para o mercado externo sustenta as cotações no mercado interno, mesmo com a maior oferta oriunda da colheita da segunda safra. As negociações envolvendo milho seguem aquecidas nos portos, mas estão fracas no interior do País. Os compradores da maior parte das regiões se mostram estocados e, por isso, se mantêm afastados do mercado, à espera de desvalorizações no cereal com o avanço da colheita da 2ª safra de 2019.

Os vendedores estão firmes nos valores, diante dos maiores patamares de preços do milho nos portos. No geral, o que prevalece é a pressão compradora. Nos portos, a demanda externa continua firme e os preços para exportação estão atrativos aos vendedores nacionais. A expectativa é de que as exportações sigam intensas nas próximas semanas. No Porto de Paranaguá (PR), a média de preços para entrega em agosto está na casa dos R$ 39,00 por saca de 60 Kg, superior ao verificado no mercado spot nacional. No Porto de Paranaguá, a cotação é de R$ 39,77 por saca de 60 Kg. Nos últimos sete dias, a valorização é de 2% no mercado de lotes (negociação entre empresas). Na B3, os valores também estão em baixa, pressionados pelo movimento interno e pelo avanço da colheita.

O contrato Julho/2019 registra desvalorização de 0,2% nos últimos sete dias, a R$ 38,23 por saca de 60 Kg. O contrato Setembro/2019 acumula recuo de 1,0% no período, a R$ 38,12 por saca de 60 Kg. No campo, o clima tem favorecido o avanço da colheita. Em Mato Grosso, até o encerramento de junho, 40,8% da área estimada havia sido colhida, de 32% acima do mesmo período de 2018. No Paraná, até o dia 1º de julho, a colheita havia alcançado 41% da área total, 39% a mais que há um ano. Das lavouras remanescentes, boa parte está em fase de maturação (80%) e frutificação (20%). Nos Estados Unidos, as estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que a área plantada em 2019/2020 será 3% maior que em 2018/2019, apesar dos problemas climáticos enfrentados no país, totalizando 37,11 milhões de hectares.

O mercado não assimilou esses números, que deverão ser revisados pelo USDA. Quanto às condições das lavouras norte-americanas, até o dia 1º de julho, as consideradas boas ou excelentes correspondiam a 56% da área, 20% abaixo do verificado no mesmo período de 2018. As lavouras classificadas entre razoáveis, ruins e muito ruins somavam 44%, contra 24% no mesmo período de 2018, respectivamente. Na Argentina, o clima favoreceu os trabalhos de campo e a colheita chegou a 49,3% da área, avanço de 3,3% em relação à semana anterior. A produtividade segue elevada e a produção é estimada em 48 milhões de toneladas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires e em 50,5 milhões de toneladas pela Bolsa de Rosário. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.