24/Jul/2019

Em algumas regiões, os consumidores domésticos com necessidade regular de adquirir volumes mantêm os preços estáveis para atrair os vendedores. Por isso, há registro de negócios pontuais para confinamentos, granjas, usinas de etanol e outros compradores de menor porte. Grandes empresas de alimentos, em sua maioria, continuam carregando produto comprado meses atrás e os produtores, recebendo pelo milho entregue, o que restringe o interesse tanto de compra quanto de venda.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, há registro de negócios pontuais a R$ 25,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento imediatos. Tradings não apresentam indicações de compra. A demanda está concentrada no mercado interno e é fraca. Com relação à 2ª safra de 2020, o mercado está parado, sem indicações de compra.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, as fábricas indicam R$ 36,50 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Como o preço recuou no porto, os compradores do mercado interno também reduzem as indicações. Os compradores domésticos estão recebendo milho da 2ª safra de 2019 de contratos fechados anteriormente. Novos negócios de milho da 2ª safra do oeste e norte do Paraná, entretanto, não estão sendo fechados por causa do frete elevado.

Para exportação, a indicação é de R$ 38,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim de agosto no Porto de Paranaguá. Para retirada na região dos Campos Gerais com destino ao Porto de Paranaguá, a indicação está entre R$ 35,00 e R$ 35,50 nos mesmos prazos. A evolução da negociação nos próximos meses dependerá da necessidade de vendedor de recursos para pagar contas ou de espaço para receber a safra de trigo. Os compradores estão presentes no mercado, mas os vendedores se mantêm retraídos. Além disso, praticamente não tem mais milho na região.