25/Jul/2019

Os preços do milho continuam estáveis no Brasil. Os pequenos compradores, que têm concentrado a demanda no spot, continuam indicando os mesmos valores praticados no final da semana passada. Não há registro de indicações de tradings para exportação, pois algumas já têm volumes comprados suficientes para os embarques até o fim de agosto e, por isso, estão mais distantes do mercado. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há negócios pontuais a R$ 36,50 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 15 dias. A demanda vem principalmente de indústrias. Está chegando um volume considerável de milho da 2ª safra de 2019 de outros Estados.

O que sustenta o preço no Rio Grande do Sul é a questão da logística, do frete alto, que faz esse milho chegar ao Rio Grande do Sul entre R$ 35,00 e R$ 37,00 por saca de 60 Kg. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2019/2020), as tradings indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg, para entrega no Porto de Rio Grande, com retirada em janeiro e fevereiro do ano que vem e pagamento em março, o que significaria entre R$ 34,00 e R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB em Passo Fundo. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os exportadores estão praticamente fora do mercado. Pequenos consumidores locais têm mantido os preços estáveis. A indicação de compra se mantém a R$ 25,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos.

A maioria dos embarques para o mercado externo está atrasada, pois portos e terminais estão com problemas para descarregar, há falta de caminhões. Assim, eles devem carregar primeiro os contratos fechados meses atrás para depois fazer novos negócios. Os embarques para o exterior estão programados para até o fim de agosto e algumas tradings já têm volumes contratados, inclusive, para embarcar em outubro e novembro. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2020 é lenta. A maioria das empresas não tem apresentado indicação de compra. Alguns consumidores do mercado interno indicam R$ 24,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento no mês seguinte, valor abaixo do interesse de vendedores.