20/Nov/2019

A negociação de milho no Brasil ocorre de forma pontual para atender às necessidades do mercado interno, especialmente de granjas e indústrias de menor porte. Os compradores maiores estão em geral abastecidos, mas podem voltar a buscar lotes até o fim do ano para assegurar suprimento para o começo de 2020. Os vendedores, atentos às altas recentes das cotações, no dólar fortalecido ante o Real e na possibilidade de atraso no plantio do milho 2ª safra de 2020, estão retraídos.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 35,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em dezembro. Muitos compradores do mercado interno estão abastecidos até dezembro, mas para janeiro e fevereiro ainda precisam complementar o suprimento. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, não há indicações firmes do mercado interno ou para exportação. No Porto de Paranaguá, a indicação está entre R$ 40,00 e R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em setembro.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, há registro de negócios pontuais a R$ 40,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento após o embarque, com destino a Santa Catarina. Posto em fábricas de Castro, Piraí do Sul e Lapa, a indicação é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. As fábricas maiores estão abastecidas e podem voltar a fazer aquisições perto do fim do ano, mas granjas de Santa Catarina de menor porte ainda têm demandado milho.

Na região norte do Paraná, a negociação está mais lenta por causa da restrição de ofertas. Os compradores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg, sem interesse de venda. A oferta é restrita. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2019/2020), os compradores indicam R$ 38,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e pagamento em março nos Campos Gerais. Posto em fábricas da região, a indicação de compra é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg. Os vendedores estão esperando oportunidades mais remuneradoras.