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10/Mar/2020

Futuros de milho têm queda limitada pelo trigo

Os contratos futuros de milho terminaram em queda nesta segunda-feira (09/03) na Bolsa de Chicago, pressionados pelo recuo do petróleo e pela aversão ao risco, mas reduziram o ritmo de perdas em relação ao começo da sessão, provavelmente influenciados pela alta do trigo. O vencimento maio do milho cedeu 3,25 cents (0,86%) e fechou a US$ 3,72 por bushel.

A Arábia Saudita decidiu ampliar a produção e reduzir preços do petróleo, abrindo uma guerra de preços que visa atingir, sobretudo, a Rússia, que se opôs ao acordo proposto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre cortes na produção na semana passada. O milho chegou a recuar com mais força, uma vez que 39,6% da safra dos Estados Unidos é destinada à produção de etanol.

A disputa no setor de petróleo pesa mais sobre commodities que têm parte da produção utilizada em biocombustíveis. Essa 'guerra energética' é prejudicial para o setor biocombustíveis como um todo, que é um mercado correlacionado com o petróleo. É destaque o impacto da aversão ao risco causada pela decisão da Arábia Saudita, que ocasionou fuga de commodities. O movimento também reforçou as preocupações com uma possível desaceleração global.

Os investidores já vinham debatendo o impacto do coronavírus sobre a economia mundial. Fundos que investem em commodities agrícolas como grãos podem liquidar suas apostas na alta das cotações caso uma recessão se confirme. O volume de milho inspecionado para exportação em portos norte-americanos caiu 7,4% na semana encerrada no dia 5 de março, para 829.865 toneladas.