17/Mar/2020
A baixa disponibilidade de produto no spot, a quebra da safra de verão (1ª safra 2019/2020) no Rio Grande do Sul e a movimentação aquecida de soja vêm dando a vendedores de milho condições para continuar pedindo valores mais altos para o produto e adiando novos negócios. Tanto na Região Centro-Oeste como na Região Sul, a comercialização no disponível é muito pontual. Raros são os relatos de negócios. A oferta restrita de milho e a demanda aquecida seguem impulsionando os preços do cereal no mercado interno.
Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os produtores estão firmes em suas indicações, devido a escassa disponibilidade de produto. A negociação é lenta com a discordância entre compradores e vendedores. Os compradores indicam entre R$ 42,00 e R$ 43,00 por saca de 60 Kg. Mas, a expectativa é de que os agentes terão que ceder em breve, seja o comprador por necessidade de abastecimento ou o vendedor porque precisará abrir espaço nos silos.
A demanda tem vindo principalmente de consumidores domésticos, já que os exportadores praticamente encerraram os embarques do cereal. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, a indicação é de R$ 30,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e agosto e pagamento em agosto, valor que não atrai os produtores. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação de compra está entre R$ 29,00 e R$ 30,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e agosto e pagamento em agosto de 2021.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os produtores estão focados na colheita e nas negociações de soja, e o mercado de milho está travado. Há interesse de compra de grandes e pequenos compradores. Na região norte do Estado, a referência nominal de compra está entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias.