24/Mar/2020
A comercialização de milho no mercado doméstico segue lenta. Em Mato Grosso, embora os compradores estejam bem abastecidos, há registro de lotes pontuais para granjas e comerciantes, enquanto os exportadores desaceleraram as indicações. Na região de Primavera do Leste, há registro de negócios pontuais entre R$ 44,00 e R$ 45,00 por saca de 60 Kg, dependendo da localização, para retirada imediata e pagamento à vista, estável nas últimas três semanas. O volume negociado é pouco expressivo. Os compradores têm estoque e apenas o complementam de acordo com a necessidade.
Para exportação, os compradores estão mais retraídos e indicam entre R$ 29,00 e R$ 30,00 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento em agosto. Para retirada e pagamento em setembro, a indicação de compra está entre R$ 29,00 e R$ 30,00 por saca de 60 Kg. Há ainda interesse de granjas para julho e setembro pelos mesmos valores. Os preços mais baixos, contudo, não atraem os vendedores. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os preços registram queda. A indicação de compra está entre R$ 29,00 e R$ 32,00 por saca de 60 Kg, tanto para embarque em agosto do ano que vem e pagamento em setembro como para embarque em setembro e pagamento em outubro. Os vendedores estão afastados do mercado.
No Rio Grande do Sul, com a retração tanto na oferta quanto na demanda, a negociação no spot segue praticamente travada. Na região de Passo Fundo, a falta de acordo sobre preço entre comprador e vendedor faz o mercado perder ritmo. A indicação de compra é de R$ 49,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. A expectativa é de que a comercialização avance após a primeira quinzena de abril, quando o milho recebido em janeiro e fevereiro já deve ter sido consumido. Até o momento, o cenário da demanda é de indústrias abastecidas, indicando para tentar pressionar os preços, enquanto o mercado interno compra pontualmente. Na outra ponta, vendedores seguem mais focados na colheita e entrega de contratos de soja.