15/Abr/2020

A comercialização de milho no Brasil vem perdendo ritmo nos últimos sete dias, com a contínua queda dos preços do cereal e menor procura por parte de consumidores domésticos. A recente desvalorização do dólar ante o Real pressionou os preços indicados por exportadores. O recuo dos futuros do milho na Bolsa de Chicago também pressiona as cotações internas. Além disso, percebe-se uma menor demanda de usinas de etanol que, em um cenário sem pandemia, precisariam se abastecer regularmente.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os preços registram queda após o feriado, o que desestimula a negociação. No spot, os compradores indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Quanto negociação antecipada da 2ª safra de 2020, a demanda continua diminuindo porque os compradores apostam em novos recuos de preços. Tradings indicam R$ 44,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em ferrovia de Maringá (PR) em julho e pagamento em agosto ou embarque em agosto com pagamento em setembro, o equivalente à faixa de R$ 34,00 e R$ 35,00 por saca de 60 Kg, descontado o valor do frete.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista; e R$ 48,00 por saca de 60 Kg, para pagamento em 30 dias. A demanda vem de fábricas da região e de consumidores de Santa Catarina e da região norte do Paraná. As indústrias que já têm maior volume adquirido indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em maio e pagamento em junho. Embora os compradores mostrem preocupação com o efeito do coronavírus sobre vendas de carnes, em virtude do fechamento de serviços de alimentação, por enquanto ainda não há reporte de redução de alojamentos de animais.