ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/Abr/2020

MT deverá colher produção recorde nesta 2ª safra

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima safra recorde de milho no Estado, de 32,44 milhões de toneladas. Em dezembro do ano passado, a previsão de produção era de 31,62 milhões de toneladas. O número atual representa alta de 0,55% em relação à produção do ciclo 2018/2019. Com quase 92% das áreas semeadas dentro da janela ideal para a cultura, esperam-se bons resultados de produtividade para o milho. Além disso, os produtores aumentaram a área destinada ao cereal nesta safra, impulsionados pelos preços de mercado considerados favoráveis. Contudo, a concretização da estimativa depende das condições climáticas no Estado, principalmente no que se refere à quantidade e à frequência das chuvas nas próximas duas semanas. A estimativa de demanda por milho do Estado foi elevada, de 31,61 milhões de toneladas em dezembro, para 32,41 milhões de toneladas agora. A previsão de consumo interno, que abrange as compras feitas por usinas de etanol do Estado, caiu de 10,33 milhões para 9,05 milhões de toneladas.

Ainda assim, o volume supera em 4,37% o apurado na safra 2018/2019, de 8,67 milhões de toneladas. Até o fim de 2019, esperava-se um considerável aumento no consumo de milho destinado às empresas de etanol e à pecuária (acima de 18%). Porém, com base nas reduções de preço do etanol (que comprime as margens das indústrias de etanol de milho), aliado às dúvidas dos pecuaristas quanto ao confinamento no Estado (devido também às margens apertadas), as estimativas foram atualizadas. Quanto ao consumo interestadual, houve pouca alteração na projeção, de 2,15 milhões de toneladas em dezembro para 2,6 milhões de toneladas em abril. O volume adicional deve suprir a falta de insumo para a pecuária e também compensar parte da redução da produção safra de verão (1ª safra 2019/2020). Com relação às exportações, foi elevada a projeção de 19,13 milhões para 20,76 milhões de toneladas, mas o volume ainda é 1,45% inferior ao embarcado ao exterior na temporada 2018/2019, de 21,06 milhões de toneladas.

A revisão para cima das expectativas foi sustentada pela desvalorização do Real (ante o dólar), que melhora a competitividade brasileira globalmente. Com as alterações, também foi revisada a projeção de estoques finais em 2019/2020, de 20 mil toneladas para 40 mil toneladas. Além disso, há o impacto da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de milho. As mudanças que estão ocorrendo no mundo com a Covid-19 estão afetando sobremaneira a relação de consumo das pessoas e isso certamente terá impacto sobre os números de oferta e demanda apresentados nas próximas estimativas, até o fim destas safras. Para a safra 2018/2019, há leves ajustes nas projeções de oferta e demanda. A oferta foi revisada para 32,31 milhões de toneladas, ante 32,30 milhões de toneladas em dezembro; a demanda agora está calculada em 32,30 milhões de toneladas, ante 32,29 milhões de toneladas em dezembro. Os estoques finais no ciclo passado permaneceram em 0,01 milhão de toneladas (10 mil toneladas), reflexo da alta procura dos últimos meses por milho em Mato Grosso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.