27/Abr/2020
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os produtores na Argentina devem colher 48,5 milhões de toneladas de milho na temporada 2020/2021. A projeção representa queda de 3% ante o volume esperado para o ciclo atual, de 50 milhões de toneladas. A área colhida deve ficar inalterada ante os dois anos anteriores, em 6,1 milhões de hectares, contanto que a pandemia de coronavírus não cause problemas significativos na logística de colheita, transporte e plantio nos próximos meses.
A estimativa de queda da produção se deve ao menor rendimento esperado em 2020/2021 na comparação com as duas temporadas anteriores, quando o clima favoreceu a produtividade. Embora ainda seja muito cedo, existe a possibilidade de formação do fenômeno La Niña durante o verão, o que costuma resultar em tempo seco na Argentina. As exportações argentinas de milho em 2020/2021 devem somar 34 milhões de toneladas, uma queda de 1,5 milhão de toneladas ante a previsão para 2019/2020. O desempenho na próxima temporada deve refletir a menor produção, uma concorrência mais acirrada no mercado mundial e a recomposição dos estoques domésticos.
Mesmo assim, o volume deve ser o segundo maior já registrado. Em 2019/2020, a Argentina deve exportar um recorde de 35,5 milhões de toneladas. Apesar de uma desaceleração dos embarques logo após a imposição de quarentena pelo governo, essas questões parecem ter sido resolvidas e o fluxo de exportações se normalizou. O consumo doméstico de milho deve aumentar 6% em 2020/2021, para 13,8 milhões de toneladas, se a crise de Covid-19 diminuir e as economias local e mundial começarem a se recuperar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.