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27/Abr/2020

EUA: consumo de milho recua e causa preocupação

O consumo de milho nos Estados Unidos está ameaçado pelos problemas que levaram ao fechamento de usinas de etanol, como a redução de consumo de combustíveis e a queda dos preços do petróleo. Várias usinas já avisaram que não vão abrir e outras informaram que estão executando cláusulas de força maior para interrupção de contratos, tanto na ponta de entrega de DDG como na de compra do milho. Tem uma grande proporção da safra norte-americana de milho que está sem destino. A mistura (de biocombustíveis nos combustíveis) provavelmente não vai acontecer nem perto da mesma proporção que vinha ocorrendo nos Estados Unidos e o próprio consumo de combustível caiu dramaticamente. A intenção de plantio norte-americana não é muito flexível. O problema vai afetar mais de 40% da produção que é destinada à fabricação de etanol.

O excedente de produção terá de encontrar outros caminhos pelo mundo e isso deve afetar o Brasil. Uma das questões que podem manter o tamanho da área de milho nos Estados Unidos é o seguro de renda a que o produtor norte-americano tem acesso. Se a produtividade for dentro da tendência natural, e não houver nenhum desastre, com os preços de seguro produtores conseguem pelo menos fazer break even (ponto de equilíbrio, onde não há lucro nem prejuízo). Contudo, esse seria o sexto ano seguido em que o agricultor do país dependeria desse tipo de ajuda. No Brasil, mais de 70% da 2ª safra de 2020 que deve ser colhida em breve está comercializada, assim como mais de 25% da 2ª safra de 2021, o que limita o efeito de uma enxurrada de milho norte-americano no mercado. A única ameaça seria alguma quebra de contrato, que é pouco provável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.