30/Abr/2020
Após bons volumes de milho terem sido comercializados na semana passada para exportação, com preços sustentados pela forte alta do dólar ante o Real, o ritmo dos negócios ainda é lento. A queda acentuada dos futuros do milho na Bolsa de Chicago, na segunda-feira (27/04), e o recuo da moeda norte-americana ante a brasileira, na terça-feira (28/04), mantêm os preços indicados por tradings de grãos em níveis abaixo dos praticados nos últimos dias da semana passada. Ao mesmo tempo, os compradores domésticos buscam pressionar os valores, não somente porque têm estoques, como também porque há perspectiva de queda no consumo interno de carnes.
Em Mato Grosso do Sul, o mercado está parado. Na região de Dourados, tradings indicam R$ 33,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento em setembro. A firmeza de vendedores em suas pedidas e a possibilidade de perdas nas lavouras do Estado caso não chovam nos próximos 15 dias faz com que os compradores do mercado interno elevem os valores indicados. Contudo, não o suficiente para atrair os produtores. A indicação é de R$ 42,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em Chapecó (SC), o que representaria R$ 30,00 por saca de 60 Kg em Dourados. No spot, a negociação está praticamente parada nesta semana.
Os preços de compra estão estáveis nos últimos sete dias, a R$ 38,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Para a 2ª safra de 2021, a indicação é de R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada na região de Maracaju em julho e pagamento em agosto. No Paraná, na região dos Campos Gerais, a comercialização de milho no disponível está bastante travada. Os compradores exercem pressão sobre os preços e, com isso, afastam os produtores. A indicação está entre R$ 44,00 e R$ 45,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 15 dias. Há expectativa de que os preços voltem a subir por causa da seca sobre as plantações de milho da 2ª safra de 2020 no Paraná.