31/Jul/2020
À medida que os estoques de milho da China encolhem, os preços atingem o máximo dos últimos cinco anos. Desde janeiro, os contratos futuros de milho na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiram 27%, para cerca de 2.306 yuan por tonelada (US$ 329,00 por tonelada), maior nível desde 2015. Isso beneficiaria os agricultores dos Estados Unidos, que são prejudicados pela queda dos preços este ano, em meio à pandemia. Em 2016, o governo chinês encerrou um programa de garantia de preços de longo prazo para os produtores de milho, levando ao acúmulo de grandes volumes. A retirada dos apoios fez com que os preços caíssem. O excesso de oferta persistente e os baixos preços levaram agricultores a reduzir a produção.
Com preços subindo recentemente, a China deve intensificar as importações de milho e outros grãos, como cevada, para atender à demanda. Os produtores norte-americanos estão atentos a esse movimento. A China terá que comprar mais grãos dos Estados Unidos e isso está fornecendo algum apoio aos preços norte-americanos, embora não seja suficiente para superar o efeito da iminente nova safra. A China já intensificou as compras de produtos agrícolas ddos Estados Unidos este ano, buscando atingir as metas de compra estabelecidas na primeira fase do acordo comercial entre as potências, assinado em janeiro.
A China importou 2,1 milhões de toneladas de milho até o dia 16 de julho, ante 315 mil toneladas no mesmo período do ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Autoridades chinesas afirmam que este é um reflexo dos esforços para cumprir os compromissos de acordos comerciais com os norte-americanos. No dia 10 de julho, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China afirmou que espera importar 6 milhões de toneladas de milho nos 12 meses que terminam em setembro. Isso é 50% superior às previsões anteriores e representaria o total mais alto de todos os tempos. A produção de milho da China deve aumentar um pouco, mas não é suficiente para atender às necessidades do país. A China é o segundo maior produtor e consumidor de milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.