10/Ago/2020
Os preços do milho devem se manter firmes pelo menos até o primeiro semestre do ano que vem. Os motivos são o cenário firme de demanda; baixa oferta principalmente no início do ano em função do estoque de passagem restrito; retomada gradual do consumo de carnes no mercado interno; forte movimento de vendas antecipadas da safra 2020/2021 e incertezas em relação à 2ª safra de 2021 a ser semeada no ano que vem, em relação ao clima. Por isso, há oportunidades para o produtor de milho em 2021.
Os confinadores de gado devem ter atenção quanto ao momento mais adequado para comprar o insumo, que é o principal da atividade. Já se iniciou o movimento de comercialização da 2ª safra de 2021 e isso deve gerar menor pressão sobre os preços no momento da colheita. Em relação ao mercado externo de carnes, a China deve continuar figurando como grande compradora da proteína de frango e suína brasileira, além da carne bovina. Isso deve aumentar a produção interna de frango e suínos para atender à maior demanda (tanto interna quanto externa) e, consequentemente, o consumo de milho.
Depois do baque que as usinas de etanol de milho levaram este ano por causa da pandemia de Covid-19, em função da queda no consumo de combustível, o setor já começa a retomar a produção, que deve se ampliar em 2021, representando mais um mercado para consumo do milho. Como fatores que podem fazer recuar o preço do milho no ano que vem, pode-se citar a continuidade de uma fraca demanda doméstica por carnes, além da queda do dólar ante o Real, que inibiria exportações, e um consequente ajuste na produção de aves e suínos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.